Travessia do bosque
Dr. Clemente parou junto a uma das inúmeras entradas do bosque. Observou um jovem, amedrontado conversando com seu mestre.
Olhos vermelhos, cheios de lágrimas, diploma novinho, debaixo do braço, morrendo de medo, ele estava pedindo que o conduzisse a salvo até o outro lado do terrível bosque.
Na sua visão, naquele momento, os caminhos eram escuros, tortuosos, com monstros, tornando a travessia, trabalhosa, perigosa, porém sabia ser necessária, imprescindível.
O mestre olhando-o carinhosamente disse já ter feito o necessário, lhe dado uma lanterna.
Disse para ir. Que um dos caminhos era o dele. Devia procurá-lo, pois lá estava sua felicidade, seu futuro.
Advertiu que o bosque poderia ser belo ou feio, dependendo do ângulo olhado.
Dr. Clemente sem poder interferir, retomou sua jornada, pelo caminho, que escolhera há muitos anos.