Universo Virtual.

Pode prestar atenção, é sempre fácil encontrar alguém disposto a ajudar a te foder. Isso se dá com mais facilidade principalmente nos áureos tempos da puberdade, das épocas do colégio e das primeiras investidas amorosas.

Poucos são felizes com o que tem. No fundo estão sempre ansiando a ansiedade do outro, já que o ouro do vizinho, mesmo que de tolo, é sempre mais reluzente.

No facebook e redes sociais análogas todos estão sorridentes nas fotos, festejando, assando carnes podres, em beiras de piscinas, praias, ranchos, enchendo a cara de cerveja e se abraçando em êxtase, e postam suas felicidades como troféu para que todos sintam suas respectivas pontadas de despeito.

Os sites de relacionamento são tudo o que os ególatras mais almejavam. Agora podem se regozijar com suas dissimulações, criando seus mundos imaginários de felicidade e perfeição. É comum as pessoas se fantasiarem dentro de um personagem que gostariam de ser. Tem o sujeito que se investe na de revolucionário, guerrilheiro, politizado, insurgente de ideologias mil, mas que na verdade não passa de um pusilânime, que mal consegue erguer a bunda da cadeira, a não ser quando ruma para o sofá se empanturrar de salgadinhos ou docinhos de brigadeiro, quando não de danininhos. Têm as mulheres independentes, que expõem toda uma gama de novidades, denotando uma desenvoltura ímpar no lidar com as coisas da vida, desde relacionamentos, trabalho ou moda, mas que no fundo não conseguem largar o rabo de saia da mãe, e ainda brigam e xingam quando não encontram a roupa ideal para sairem no final de semana, ou mesmo quando são proibidas por não terem ido bem nas provas do colégio. E fumam escondido a fim de concretizarem suas tolas revoltas, planejando por fim uma fuga estratégica com as amiguinhas patricinhas-piriguetes-do-caralho.

No fundo todos estão em acelerado processo de apodrecimento, freqüentando a vida como quem freqüenta um clube de campo e que logo terminará as férias, mas que se tudo correr bem serão por fim aprovados no final do ano letivo, e freqüentam seus cultos religiosos a fim de ver a roupa, o carro ou a cara amassada daquele que no final sempre cumprimenta em “paz de Cristo”.

Paz de Cristo a todos!

SAvok OnAitsirk, 13.12.11.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 13/12/2011
Reeditado em 13/12/2011
Código do texto: T3386884
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