A PALAVRA ESCRITA E A PALAVRA FALADA
 



 
A palavra escrita é um instrumento completamente diferente da palavra falada.
Ontem eu não tinha como expressar nem uma nem outra.
Hoje, consegui expressar através um telefonema ameno, o que se passou comigo ao longo de todo o dia de ontem :
E aí entendi.

Isto deve ocorrer muito e com muita gente. Depende do estado de espírito e dos acontecimentos  do momento.
Tudo, um acúmulo de coisas adversas e não resolvidas na hora em que se apresentaram. Há que se resolver logo a primeira que aparece. Mas nem sempre se pode resolvê-la no exato momento. E outra vai se somando transformando a coisa num transtorno maior que ter o pé no chão.
O que é o erro básico.
Mas é muito comum e humano isto ocorrer, pois a alegria de viver é maior e mais presente que a necessária ponderação do que nos bate à porta fora de hora.


Fui ao meu sítio resolver questões, ver meus “bichinhos” e curtir um descanso também. Consegui o descanso, tão necessário ele se fazia que, ao deitar um pouquinho, só para descansar e curtir o ar puro e fresco, mais a alegria e paz de constatar os meus bichos em bom estado, que nem percebi a diferença entre o descanso e o sono. Apaguei umas duas horas no sono mais reparador.
 
E depois, vi que  preciso de novo caseiro/jardineiro/pedreiro de total confiança, e reparos ou reformas.
 
Vi as mangueiras carregadas de mangas carlotinhas e espadas, ainda verdes, e talvez haja mais de quinze ou vinte anos não davam mangas. Vi coisas boas e outras não, a serem resolvidas.
Vi também que é ali o meu lugar, pois tudo ali é como se fosse eu. Ausentei-me demais de lá.

De volta ao Rio, estava perturbada. E no dia seguinte não me encontrei mais. A ponto de não conseguir escrever e concatenar as idéias. E virar interrogação sem resposta.

Hoje, refeita, a base é: preciso de um caseiro/jardineiro de qualidade e de confiança.

A palavra escrita e a palavra falada são duas amigas preciosas.