Conversa entre importantes ferramentas
Diz o jovem Computador, com puta dor de cabeça, posto ter dado pau: Sou o arauto desta vinheta, não me levem a mal. Em seguida, fala meio perdida, a nossa Caneta querida: Fiquei perneta, e bem definida, revestida nesta luxuosa jaqueta, às vezes num simples colete azul-violeta. Porém, sou a rainha das assinaturas de riquíssimas escrituras. Replica a cibernética criatura: Pois, a minha assinatura é digital. Achando-se o tal. E nesta conversa convexa; enxovalhada de vaidade advinda lá da cidade, lá num canto do quintal, encarquilhada a picareta olhando à enxada toda suja de terra molhada, fala: Ah... Se a gente não fosse do mesmo sexo; ouvindo essa conversa sem nexo, vindo daquela ala, genuflexa ficaria aqui no chão. Entrando na conversa, resmunga o Enxadão: Minhas amigas; nós trabalhamos como formigas, ou como abelhas a picar muitas orelhas dos atrevidos, sem nem nos darem ouvidos a roubarem a nossa produção. O feijão cria de tudo, e tem um; porém... Ele é plantado pela nossa preparação. É melhor deixarmos o complexo e analisarmos este texto escrito com devoção pelo botão e o dedo criado pelo feijão batido lá no arraial... Arremata a Foice, sem fazer nenhuma rima, tampouco, preocupada com o plural...
O Clarim da Paz