Maldita Matemática
Era dia de prova. A mente dele se embaralhava enquanto os números dançavam na sua frente. Detestava matemática.
Suas mãos suaram, e seu coração ficou pesado. Quase teve um ataque apoplético. Não sabia completamente nada. Também, quem mandou ir pra Lan house em vez de estudar?
Ficou enjoado. Quando fitou novamente a prova, começou a ter alucinações. Os números e problemas agora zombavam dele, rindo. Rindo, rindo, rindo...
Escutou uma voz, distante. Chamando-o insistente. O mundo voltou ao foco. Ele murmurou:
– O quê?
Era a professora, com a mão estendida pra ele:
– Acabou a aula. Me dê a prova.
A surpresa estampou o rosto do garoto. Olhou para os lados. Só havia ele e a professora na sala. Entregou a prova a ela, em branco. A professora arqueou as sobrancelhas, mas não disse nada.
Como um encanto quebrado, sua mente voltou ao normal. Não estava mais confuso. Pelo menos por enquanto, ele se sentia livre.
Alguma coisa, no fundo do seu cérebro, lhe dizia que devia estar preocupado. Mas ele não ouviu. E saiu da classe, alegre.
18/08/11