UMA “CAIXINHA” DE SURPRESAS

(Para os amigos estagiários

do Jurídico da Caixa Econômica Federal 2010.1 e 2010.2 Natal-RN)

Eu tenho medo de perder quem eu amo

E tenho cada vez mais o medo de perder vocês,

Pois, por culpa de nossa amizade

Nosso amor é quem teme o medo de perder nosso amor

A amizade é um sentimento que o amor

Tem o costume de lhe beijar os pés

E acariciar sua face

A gente não ama por ser amigo... É o contrário

Quem aqui negaria a dor da saudade dos almoços em grupo?

Quem aqui negaria os clip’s roubados

O marca texto emprestado

O grampeador escondido

As fotos nos murais, nos armários

E até as caretas feitas e chifres postos nas fotos com caneta?

Quem aqui negaria o estresse?

Mas também quem aqui negaria acordar ansioso e correr ansioso

Para o computador e se estressar de novo ao lado de pessoas tão adoráveis?]

Quem aqui negaria as adoráveis sextas-feiras nos bares, restaurantes e baladas]

Quem aqui negaria o doce peso de nossas risadas, brincadeiras

Apelidos... Ninguém aqui negaria nada a não ser o nada

Pois negar nunca foi a sina de quem está aqui!

Olhe à sua volta, ao seu lado...

Olhe e veja...Olhe e sinta um sentimento inevitável

Um sentimento que nos reúne e nos faz felizes uns ao lado dos outros

Não foi a toa quando Vinicius disse:

“Eu poderia suportar, embora não sem dor,

que tivessem morrido todos os meus amores,

mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”

E não é outra coisa a não ser senão a saudade

Nosso maior moinho de sentimento

E o nosso mais forte vento nos espancando a cara

É inevitável não gostar de quem constrói o nosso afeto!

Por isso,

Saudades não são as lágrimas do desespero

De não poder mais ter quem se ama,

Mas o choro doentio da ânsia de um breve reencontro

Por isso,

Espero sempre, e mais e mais,

Me reencontrarcom quem está aqui a minha volta,

Ao meu lado...

Por serem inesquecíveis em minha lembrança!

Por isso... Só por isso e nada mais!

Portanto, é com todo zelo

Que deixo pra vocês a “Memória” do Drummond:

Amar o perdido

deixa confundido

este coração.

Nada pode o olvido

contra o sem sentido

apelo do Não.

As coisas tangíveis

tornam-se insensíveis

à palma da mão

Mas as coisas findas

muito mais que lindas,

essas ficarão.