VIDA (Phellipe Marques)
Personagens da vida real choram um choro banal, límpido em suas lágrimas, gélido em sua essência, típico dos mortais, tolo em sua gelidez.
Dos quatro sofrimentos, o nascimento é comemorado, a velhice abominada, a doença temida e a morte defenestrada.
Os personagens caminham, atuando em seus papéis de meros coadjuvantes perante os quatro citados. Buscam nos céus fortaleza interior, paz de espírito, foco na vastidão das divindades.
A busca termina com um simples pedido, muitas vezes sem muito esforço e os coadjuvantes esperam o final feliz. O princípio de causa e efeito deixam como cenário secundário, onde os personagens são elenco de apoio.
Os quatro sofrimentos ciclam na vida, rodam o moinho dos altos e baixos, das vaidades, alegrias passageiras, sofrimentos intermináveis e a mesma atitude: a busca fora de si.
Perante a velhice, os personagens desviam os olhares, dormem no coletivo, cegam seus sentimentos, maltratam seus espelhos.
E então ante a doença: perdão!
A morte chegou, o choro também, a visão limitada de uma vida limitada.
Não conseguem enxergar a vida eterna, a oportunidade do renascimento, do novo ciclo que se inicia, agora desperto para a natureza iluminada da vida.
A essência grita aos chorosos: Por favor, não chorem!
Estou aqui! Sempre estive e sempre estarei.
Enquanto vencerem, estarei vencendo com vocês!
Enquanto felizes, estarei feliz com vocês!
Essa é a vastidão de minha vida!
Os atores não entendem a mensagem do espírito, coração de Jesus, Buda, Gandhi e King.
"Tornem suas vidas magníficas!" Eis suas mensagens! É o legado que deixarão, uma existência grandiosa.
Preso aos dogmas, os personagens não conseguem enxergar a essência real dos fenômenos, sua natureza iluminada, a eternidade da vida e a importância fundamental de tornarem-se felizes.
Escrevo sobre a vida, inerente trago polêmicas, inerente outras visões, interesses na felicidade dos personagens coadjuvantes que necessitam com urgência de papéis principais.
Busca em ti mesmo a iluminação da mente e vence o egoísmo presente.
Felicidade é vida, vida é pureza, pureza é essência e essência é iluminação.