DEMOCRACIA MAL-INFORMADA

No meu primeiro ano da faculdade de Direito em 2002 tive uma matéria chamada Ciência Política e Teoria do Estado, nome chato e comprido, mas sem dúvida foi a melhor aula que eu tive nos 5 anos de bacharelado, não que eu seja um apaixonado pela política, muito pelo contrário, de política apenas sei o que saem nos jornais, mas a professora com seu jeito excêntrico nos envolvia na matéria, desde os primórdios da civilização acompanhamos todo o processo de socialização do homem e o nascimento do Estado moderno desde maquiavel. Escândalos nos governos sempre houve, mas o que tem chamado a atenção atualmente é a demissão quase que em massa de ministros por suspeita de corrupção (em alguns casos a suspeita confirmou-se), tudo bem que a chamada faxina ética traz um pouco de credibilidade e acarreta apoio popular, mas para quem acompanha a pós-demissão fica estarrecido por ver que o mesmo partido, conivente ainda que de forma tácita com o deslize do seu membro continua comandando a pasta do ministério.

Como explicar? Estaria a presidente sendo contraditória? A demissão não passaria de um teatro? É aí que entra a ciencia política e teoria do estado e afirma que “a democracia tem um preço” explica-se: O congresso representa o interesse da população, tudo é decidido pelo voto da maioria, sem isso não se aprovam leis e nem executam-se programas, sendo cargo de ministro de Estado preenchido por indicação do presidente, na maioria das vezes é ocupado por um membro de algum partido aliado que em troca de apoio no congresso obtém o controle de um dos setores da administração, e é justamente nesse “apoio” que mora a podridão da democracia, pois se o presidente resolve tirar o partido do controle, o mesmo não o apóia no congresso e por consequencia o presidente não governa. O presidente se torna refém de alianças que é obrigado a fazer.

Contudo mais uma vez vem a ciencia política que esses dias emergiu do fundo do meu inconsciente e bradou em alta voz: “PARLAMENTARISMO..... PARLAMENTARISMO..... relfetindo, lendo, conversando e observando constatei que o sistema parlamentarista seria uma forma de controlar efetivamente a corrupção, pois o presidente já tem a maioria apoiando seu governo não precisando fazer conclaves para se manter atuante, e que se a população não estiver contente com o congresso, esse é dissolvido e organizam-se novas eleições independentemente de se esperar 04 anos, seja por corrupção ou incompetência, se não estiver do agrado Rua! E vamos às urnas; Tal foi o caso de vários primeiros ministros europeus que caíram ante a sua incompetência em lidar com a crise, é como um empregado que se não estiver trabalhando a contento é demitido, claro que críticas existem e que o modelo foi rejeitado em 1993 em um plebiscito, onde a mal informada população votou contra, mas isso é perfeitamente explicável porque eu só fui saber o que era paralmentarismo aos 18 anos no primeiro ano da faculdade, na escola eu só aprendi que democracia representava a vontade da maioria e que era o melhor sistema de governo; Com a Palavra: a Ciência política......