RELENDO A VIDA.
Por Carlos Sena
A vida é bela por suas releituras. A gente nasce e, criança, faz uma leitura. Cresce e faz diversas outras leituras. Quando envelhecemos, mais outras leituras se começam como que se elas compusessem o cardápio da vida – aquele que, simbolicamente, nos é entregue no nascimento. A gente vai conhecendo as mentiras e as verdades e, paulatinamente, vai descobrindo que a vida é cheia de meias verdades e meias mentiras. A grande verdade, parece mesma ser aquela que não nos disseram nem mesmo nos processos de socialização. Os pais geralmente se acham nossos guardiões da educação, mas eles, no geral são tão vitimas quanto seus filhos um dia (certamente) serão. A educação é importante na sua função cognitiva e de abrir o mundo para novas informações. Tem faltado a ela FORMAÇÃO. Há muita informação, mas pouca formação em nossas escolas nos seus mais diversos níveis.
Talvez seja nesse estágio, quando a vida já nos disse pra que viemos, que ficamos descobrindo por conta própria o quanto nós precisamos ter conhecimentos que nos robusteçam nossas leituras da vida. Como uma canção, a vida se presta muito a novas leituras e releituras. O dinamismo da vida, da sociedade, nos conduz para consolidação de valores estáticos e “repactuação” de valores dinâmicos. Em forma de sinfonia, a vida ora é orquestra, ora uma banda, ora jazz, ora um simples instrumento solitários em dó maior. As nossas releituras parecem acontecer nesse viés. O matiz das melodias é a mais perfeita tradução pra gente não se assustar com as várias releituras da vida. Reler a vida nunca será objeto da nossa intelectualidade, embora isto possa ocorrer. As releituras da vida acontecem nos processos de sabedorias mais simples, mais nossos, menos permissíveis às intromissões dos outros. Reler a vida é como a dor. Nunca uma dor será do outro. Afinal, “cada um em seu canto chora seu pranto”... Poderemos até sermos solidários na dor e nos sofrimentos alheios, mas jamais a gente será o dono verdadeiro daquele momento de dor física ou moral ou emocional que outrem esteja sentindo.
Reler a vida é como se repaginar por dentro. Talvez como inverter tudo que nos ensinaram equivocadamente, mesmo pela ingênua certeza de que “era pro nosso bem”... Não criar filhos conforme foi criado é bem uma tentativa inconsciente de muitos neste sentido. Mas, reler a vida requer componente de maturidade e maturação. Requer visão de mundo e sentimento dela. Exige de cada um o seu compromisso consigo mesmo no estabelecimento da sua própria felicidade. Talvez mesmo, o grande ponto de equilíbrio que sustenta a alavanca que move nossa vida seja o encontro com o MEIO TERMO. Nunca metades, pois a vida não se estabelece assim. Ela se descortina inteira e é assim que a gente tem que gerenciá-la. Buscar o MEIO TERMO é como se sábios fôssemos para em tudo buscarmos o equilíbrio, algo como “nem muito a terra, nem muito ao mar”... Refletindo isto para dentro de nós, várias releituras a gente é convidado a fazer vida afora. A maturidade é boa conselheira desse processo. Ela parece que sabe o que faz de nós quando nos dá cabelos brancos. Eles sempre nos lembram no espelho que o tempo passou e que passará, mas nós ficamos sem saber qual o tempo que passou e qual o que virá. Por dentro não há idade. Por fora, só vaIDADE. O MEITO TERMO de que tentamos intrometer nesse conceito é a forma de ser feliz por tudo. De compreender a vida em suas várias linguagens nas suas diversas oportunidades. Parece mistério, mas nem é tanto. O meio termo das coisas fica de difícil visualização porque é mais prático ver a estrada do que o seu meio. É mais fácil ver o sol inteiro do que se buscar sua metade. Tudo que é medida interessa aos adultos, pois ele gosta de ser visto como racional. A vida não quer o racional porque ela é as entrelinhas dos nossos sonhos e o ponto final dos nossos devaneios.
Reler a vida em cada final de ano talvez seja uma boa pratica. O meio termo da vida é dela mesma por excelência, pois na morte não há meio termo. Nela tudo é ermo. O deserto da vida de muitos talvez seja a falta de alcance do MEITO TERMO... Imagino que alguém se sinta no “ponto certo da vida” quando faz releituras tranqüilas do que um dia lhe atormentou; do que um dia lhe tirou o sono; do que um dia lhe deu vontade até mesmo de não mais viver. Quando alguém se pega paciente, reflexivo, talvez esteja com sintomas evidentes de que esteja alcançando o MEIO TERMO do viver. Alcançar esse estágio pode ser, certamente, olhar no espelho e não ter medo dos cabelos brancos, mas ver neles o contexto da vida por ela mesma. Pode ser, dentre tantos outros, deixar de querer coisas impossíveis e, dentro das coisas possíveis, descobrir felicidade e bem estar. O meio termo da vida não está conosco no primeiro momento. Ele nos encontra na estrada como dois caminheiros que pensam que caminham pra lugares diferentes e, embora em sentidos contrários, caminham para a mesma direção.
A vida é bela por suas releituras. A gente nasce e, criança, faz uma leitura. Cresce e faz diversas outras leituras. Quando envelhecemos, mais outras leituras se começam como que se elas compusessem o cardápio da vida – aquele que, simbolicamente, nos é entregue no nascimento. A gente vai conhecendo as mentiras e as verdades e, paulatinamente, vai descobrindo que a vida é cheia de meias verdades e meias mentiras. A grande verdade, parece mesma ser aquela que não nos disseram nem mesmo nos processos de socialização. Os pais geralmente se acham nossos guardiões da educação, mas eles, no geral são tão vitimas quanto seus filhos um dia (certamente) serão. A educação é importante na sua função cognitiva e de abrir o mundo para novas informações. Tem faltado a ela FORMAÇÃO. Há muita informação, mas pouca formação em nossas escolas nos seus mais diversos níveis.
Talvez seja nesse estágio, quando a vida já nos disse pra que viemos, que ficamos descobrindo por conta própria o quanto nós precisamos ter conhecimentos que nos robusteçam nossas leituras da vida. Como uma canção, a vida se presta muito a novas leituras e releituras. O dinamismo da vida, da sociedade, nos conduz para consolidação de valores estáticos e “repactuação” de valores dinâmicos. Em forma de sinfonia, a vida ora é orquestra, ora uma banda, ora jazz, ora um simples instrumento solitários em dó maior. As nossas releituras parecem acontecer nesse viés. O matiz das melodias é a mais perfeita tradução pra gente não se assustar com as várias releituras da vida. Reler a vida nunca será objeto da nossa intelectualidade, embora isto possa ocorrer. As releituras da vida acontecem nos processos de sabedorias mais simples, mais nossos, menos permissíveis às intromissões dos outros. Reler a vida é como a dor. Nunca uma dor será do outro. Afinal, “cada um em seu canto chora seu pranto”... Poderemos até sermos solidários na dor e nos sofrimentos alheios, mas jamais a gente será o dono verdadeiro daquele momento de dor física ou moral ou emocional que outrem esteja sentindo.
Reler a vida é como se repaginar por dentro. Talvez como inverter tudo que nos ensinaram equivocadamente, mesmo pela ingênua certeza de que “era pro nosso bem”... Não criar filhos conforme foi criado é bem uma tentativa inconsciente de muitos neste sentido. Mas, reler a vida requer componente de maturidade e maturação. Requer visão de mundo e sentimento dela. Exige de cada um o seu compromisso consigo mesmo no estabelecimento da sua própria felicidade. Talvez mesmo, o grande ponto de equilíbrio que sustenta a alavanca que move nossa vida seja o encontro com o MEIO TERMO. Nunca metades, pois a vida não se estabelece assim. Ela se descortina inteira e é assim que a gente tem que gerenciá-la. Buscar o MEIO TERMO é como se sábios fôssemos para em tudo buscarmos o equilíbrio, algo como “nem muito a terra, nem muito ao mar”... Refletindo isto para dentro de nós, várias releituras a gente é convidado a fazer vida afora. A maturidade é boa conselheira desse processo. Ela parece que sabe o que faz de nós quando nos dá cabelos brancos. Eles sempre nos lembram no espelho que o tempo passou e que passará, mas nós ficamos sem saber qual o tempo que passou e qual o que virá. Por dentro não há idade. Por fora, só vaIDADE. O MEITO TERMO de que tentamos intrometer nesse conceito é a forma de ser feliz por tudo. De compreender a vida em suas várias linguagens nas suas diversas oportunidades. Parece mistério, mas nem é tanto. O meio termo das coisas fica de difícil visualização porque é mais prático ver a estrada do que o seu meio. É mais fácil ver o sol inteiro do que se buscar sua metade. Tudo que é medida interessa aos adultos, pois ele gosta de ser visto como racional. A vida não quer o racional porque ela é as entrelinhas dos nossos sonhos e o ponto final dos nossos devaneios.
Reler a vida em cada final de ano talvez seja uma boa pratica. O meio termo da vida é dela mesma por excelência, pois na morte não há meio termo. Nela tudo é ermo. O deserto da vida de muitos talvez seja a falta de alcance do MEITO TERMO... Imagino que alguém se sinta no “ponto certo da vida” quando faz releituras tranqüilas do que um dia lhe atormentou; do que um dia lhe tirou o sono; do que um dia lhe deu vontade até mesmo de não mais viver. Quando alguém se pega paciente, reflexivo, talvez esteja com sintomas evidentes de que esteja alcançando o MEIO TERMO do viver. Alcançar esse estágio pode ser, certamente, olhar no espelho e não ter medo dos cabelos brancos, mas ver neles o contexto da vida por ela mesma. Pode ser, dentre tantos outros, deixar de querer coisas impossíveis e, dentro das coisas possíveis, descobrir felicidade e bem estar. O meio termo da vida não está conosco no primeiro momento. Ele nos encontra na estrada como dois caminheiros que pensam que caminham pra lugares diferentes e, embora em sentidos contrários, caminham para a mesma direção.