MEDOS

Hoje eu tive vontade de escrever, estava triste, chorava

por dentro e sentia medo, um medo que não tinha e xplicação. Era como se tivesse perdido alguma coisa, algo importante, mas não sabia o que ou talvezsoubesse e não queria ter certeza.

O sol estava escondido por traz das nuvens, com vergonha de aparecer e brilhar na sua alegria de dar vida, como se respeitasse minha tristeza. A frieza daquela manhã era igual a da minha alma. Tudo era sombra, a sombra do passado que escurecia o hoje, a sombra das nuvens encobrindo o sol não deixando passar a luz, luz que não brilhou no meu caminho, não me a queceu, me faz padecer

no vazio da incerteza, no escuro da solidão e no frio da indiferença.

É final de inverno, há sinais da primavera que se aproxima, é visível na natureza, mas ainda é inverno e há um inverno dentro de mim que se prolonga triste, trazendo medo, medo de enfrentar a perda, a perda do que nunca tive, viver a realidade e deixar de sonhar, Marcus Catão

Marcus Catão
Enviado por Marcus Catão em 06/12/2011
Reeditado em 07/12/2011
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