Caminhada-Procissão-Romaria.
Os médicos aconselham e insistem que todas as pessoas devem caminhar e a cada dia, reservar pelo menos meia hora, para uma boa marcha. Caminhar faz bem ao corpo, mas é mais do que uma necessidade física, é uma vocação humana. As religiões antigas surgiram para que o ser humano fizesse da vida um caminho. É o que ensina o milenar Taoísmo, séculos antes da nossa era. A Bíblia freqüentemente afirma que o ser humano tem diante de si dois caminhos: um que leva à vida e outro que provoca a morte (Dt30, 15 e 19; Salmo 1). É preciso escolher um dos dois. Caminho, aliás, foi o primeiro nome dado ao cristianismo. As pessoas que seguiam Jesus (seguir é uma forma de caminhada) se reconheciam uma às outras como companheiros de caminhada, termo que, na década passada as Igrejas comprometidas com os mais pobres retomaram. Agora, parece-me que se perdem com questões tolas como rezar ou não em latim...
Quem tem o costume de caminhar busca uma trilha confiável. Penso que ninguém gosta de caminhar a esmo sem saber para onde vai, embora, reconheço, que nos caminhos da espiritualidade não são poucos os que avançam na estrada, sem saber em que direção se aventuram. No século XI, São Bernardo dizia que de nada adiantava a romaria com os pés se o coração não marchar primeiro. É preciso caminhar interiormente, avançar na busca do que não se encontra em um santuário de pedra e sim no mais íntimo de cada ser humano, principalmente dos que aceitam peregrinar ao mais profundo do próprio coração, àquele poço profundo e pouco conhecido, onde Deus habita dentro de nós, mas sepultado.
Diferentemente de quem pensa Deus no céu e o procura nos altares, a mística do monge de Claraval contempla a Deus no fundo do poço do próprio coração. Todos nós somos convidados a esta peregrinação atenta e solidária dos outros e de si mesmo, como caminho para se tornar mais sensível à presença amorosa d’Aquele que está como sepultado dentro de cada ser humano e desenterrá-lo. Não se trata de ser ingênuo ou alienado, mas de ajudar cada pessoa a redescobrir o potencial de bondade que tem em si mesma e ser capaz de deixá-lo aflorar em sua vida.
É preciso acreditar que a bondade é mais profunda e alicerçada no mundo do que o mal. Por mais radical e espalhado que seja o mal ele não é tão profundo quanto a bondade.
Desejo a todos uma boa caminhada. O tempo é propício: é Natal!
Os médicos aconselham e insistem que todas as pessoas devem caminhar e a cada dia, reservar pelo menos meia hora, para uma boa marcha. Caminhar faz bem ao corpo, mas é mais do que uma necessidade física, é uma vocação humana. As religiões antigas surgiram para que o ser humano fizesse da vida um caminho. É o que ensina o milenar Taoísmo, séculos antes da nossa era. A Bíblia freqüentemente afirma que o ser humano tem diante de si dois caminhos: um que leva à vida e outro que provoca a morte (Dt30, 15 e 19; Salmo 1). É preciso escolher um dos dois. Caminho, aliás, foi o primeiro nome dado ao cristianismo. As pessoas que seguiam Jesus (seguir é uma forma de caminhada) se reconheciam uma às outras como companheiros de caminhada, termo que, na década passada as Igrejas comprometidas com os mais pobres retomaram. Agora, parece-me que se perdem com questões tolas como rezar ou não em latim...
Quem tem o costume de caminhar busca uma trilha confiável. Penso que ninguém gosta de caminhar a esmo sem saber para onde vai, embora, reconheço, que nos caminhos da espiritualidade não são poucos os que avançam na estrada, sem saber em que direção se aventuram. No século XI, São Bernardo dizia que de nada adiantava a romaria com os pés se o coração não marchar primeiro. É preciso caminhar interiormente, avançar na busca do que não se encontra em um santuário de pedra e sim no mais íntimo de cada ser humano, principalmente dos que aceitam peregrinar ao mais profundo do próprio coração, àquele poço profundo e pouco conhecido, onde Deus habita dentro de nós, mas sepultado.
Diferentemente de quem pensa Deus no céu e o procura nos altares, a mística do monge de Claraval contempla a Deus no fundo do poço do próprio coração. Todos nós somos convidados a esta peregrinação atenta e solidária dos outros e de si mesmo, como caminho para se tornar mais sensível à presença amorosa d’Aquele que está como sepultado dentro de cada ser humano e desenterrá-lo. Não se trata de ser ingênuo ou alienado, mas de ajudar cada pessoa a redescobrir o potencial de bondade que tem em si mesma e ser capaz de deixá-lo aflorar em sua vida.
É preciso acreditar que a bondade é mais profunda e alicerçada no mundo do que o mal. Por mais radical e espalhado que seja o mal ele não é tão profundo quanto a bondade.
Desejo a todos uma boa caminhada. O tempo é propício: é Natal!