1954 - Copa da Suíça
Chegamos a 1954. A derrota de 1950 ainda doía muito e então, o Senhor Carlos Alberto Castelo Branco, homem forte da C.B.D., instituindo linha dura na Seleção Brasileira, convidou para técnico o senhor Zezé Moreira para preparar o Brasil para a Copa do Mundo de 1954, na Suíça.
Zezé Moreira, era o treinador do Fluminense F. C., endeusado pela crônica esportiva carioca como o salvador da Pátria e com carta branca para convocar quem desejasse. E de fato ele montou uma defesa muito superior à de 1950. Com o goleiro Barbosa, injustamente, queimado pela derrota de 1950, Zezé formou assim a defesa da seleção de 1954: Castilho, Pinheiro e Nilton Santos; Djalma Santos, Bauer e Brandãozinho.
Daí para a frente ele não quis formar uma linha atacante muito melhor que a de 1950. Júlio Botelho, unanimidade nacional, na ponta direita e Rodrigues, o melhor ponta esquerda em atividade no Brasil. Nisso ele acertava em cheio.
Mas o trio central atacante era infinitamente inferior ao de 1950: Didi, Baltazar e Pinga não poderiam, nunca, competir com Zizinho (o jogador em que Pelé se espelhou, segundo ele próprio), Ademir de Menezes e Jair da Rosa Pinto. Todos em excelente forma e jogando um grande futebol. Mais uma vez perdemos para o bairrismo. Um revanchismo absurdo contra grandes craques brasileiros que nada tinham de culpa pela derrota de 1950, para o Uruguai.
Mas a história não acaba aqui, pois dois anos depois surgia um jovem que consertaria todas essas lambanças feitas em nome da Seleção Brasileira: Édson Arantes do Nascimento, o Pelé.