A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

A violência nas escolas

A sede de evolução, muitas vezes é perniciosa, trazendo à família prejuízos algumas vezes irreparáveis.

A violência nas escolas é fruto dessa evolução. Por conta dela alterou-se a estrutura familiar. Antes da emancipação da mulher e de suas conquistas, resultantes de sua luta pela igualdade, a família ficou irremediavelmente prejudicada.

Psicólogos e outros especialistas em família defendem as conquistas femininas. Mas não sugerem uma alternativa para os filhos e a família.

Como criar um filho nos dias de hoje com a ausência da mãe e do pai em casa? Quem dará a esse pequeno ser, sedento de conhecimentos básicos, os ensinamentos indispensáveis à sua formação?

Os pais têm optado pelo próprio desenvolvimento pessoal e social, esquecendo de que colocaram no mundo um indivíduo que é, por natureza, carente de sua presença, de sua atenção de seus “nãos”. Delegam essa responsabilidade à uma terceira pessoa que, às vezes, por necessidade, agem da mesma forma em relação à sua própria família. Isso já é uma contraindicação para a sua capacidade de ensinar a uma criança os princípios fundamentais de como viver em sociedade. Se esta pessoa (babá ou empregada doméstica) deixa seus próprios filhos à mercê do acaso, como pode se interessar por aqueles que não são seus?

Quando já em idade escolar, os pais, erroneamente, pensam ter se livrado do problema, transferem para escola, a responsabilidade de educar seus filhos. Como a Escola não está preparada, pois não foi projetada para isso, as crianças crescem e se desenvolvem sem orientação adequada.

Sendo uma realidade que dificilmente poderá sofrer uma regressão, as autoridades governamentais, já que são os delegados do destino do povo, terá que intervir, criando condições capazes de suprir essa carência, uma vez que ela própria se beneficia com os recursos que lhes proporcionam o desenvolvimento do país e da vida pública com o crescimento da mão de obra qualificada e consequentemente influirá no crescimento do PIB. O país se beneficia, as condições de conforto melhoram para o povo que vai conquistando degraus na evolução social. Torna-se cada vez menor a pobreza no País. Assim deverá existir políticas públicas para corrigir essa deficiência causada pela corrida ao progresso e ao desenvolvimento.

Soa bem falar que o país é desenvolvido que a mão de obra é especializada e está suprindo as necessidades do mercado. É conveniente que a pobreza diminua e a classe média aumente e que surjam classes intermediárias. Mas a que custo?

A violência nas escolas advém dessa carência. A dos pais, pela criança na primeira infância. A do adolescente e do jovem que na maioria das vezes se isolam em seu quarto substituindo tudo isso por programas de computadores, principalmente joguinhos e sites de relacionamento, o que o fará encontrar outros como ele, sempre carentes e sedentos de relacionamento.

Para tentar reverter os jovens encaram a violência como uma necessidade para chamar a atenção dos pais e autoridades para seu problema. O qual na maioria das vezes não é entendido.

Os pais culpam as escolas e estas culpam as famílias. Não é possível determinar com exatidão qual é o maior culpado.

Antigamente a escola era a extensão do lar. A estrutura da família era diferente e dava apoio e delegava à Escola essa autoridade.

Nessa estrutura, já modificada, o pai saía para o trabalho e deixava a mãe em casa, cuidando dos filhos e da casa.

Dizem que ela é arcaica e injusta com a mulher, mas e com os filhos? Alguém pensou neles?

Jornalista Neodo Ambrosio de Castro

Neodo Ambrosio
Enviado por Neodo Ambrosio em 05/12/2011
Reeditado em 15/09/2023
Código do texto: T3372480
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