Copas do Mundo - Porque Perdemos .. ou não ganhamos
O Uruguai promoveu a Primeira Copa do Mundo de Futebol, em 1930, devido ao fato de ter sido campeão olímpico de futebol em 1924 e em 1928. O Brasil compareceu a Montevidéu com uma Seleção que não representava a força máxima do nosso futebol.
Nossa equipe era assim formada: Joel, Brilhante e Itália; Fausto, Fernando e Pamplona; Poli, Nilo, Arakém, Preguinho e Teófilo. Quase todos do Rio de Janeiro, com exceção de Arakém Patuska, paulista que jogou como jogador do Flamengo (na época, o profissionalismo ainda não vigorava).
Em São Paulo ficou uma seleção melhor do que esta. Senão vejamos: Nestor, Grané e Del Debbio, Nerino, Golhiardo e Munhóz; Filó, Feitiço, Friedenreich, Lara e Evangelista.
Mas o bairrismo falou mais alto e fomos derrotados na primeira partida pela Iugoslávia, por 2 x 1. De nada valeu a vitória diante da Bolívia por 4 x 0. Arrumamos as malas e voltamos ao Brasil. No Uruguai ficaram apenas os jornalistas para ver os uruguaios serem os campeões do Mundo de 1930, com Balesteros, Nazazi e Mascheroni; Andrade, Fernandez e Gestido; Dorado, Scarone, Castro, Cea e Iriarte. Eram quase os mesmos jogadores bicampeões olímpicos de 1924 e 1928.
1934 – Copa da Itália
O Brasil foi à Itália para o II certame mundial de futebol com uma seleção que não também não representava a verdadeira força do futebol brasileiro. Havia uma briga entre as Federações Carioca e Paulista. Discordavam quanto ao futebol aderir ou não ao profissionalismo. E as equipes de futebol, agora pagando aos seus jogadores, achavam que não tinham obrigação de cedê-los para a seleção Brasileira.
E o Brasil jogou e perdeu da Espanha por 3 x 1 com Pedrosa, Hoffmam e Luiz Luz; Tinoco, Martim e Canali; Luizinho, Valdemar de Brito, Armandinho, Leônidas da Silva e Patesko.
No Brasil ficaram Aimoré, Nascimento, Junqueira, Carnera, Machado, Zarzur, Friedenreich, Hércules, Romeu Pelicciari, Gabardo, Brandão, Batatais, e muitos outros craques.
O Mundial de 1934, na Itália, contou com a participação de 16 países. Então, foi adotado inusitado regulamento. Os 8 mais fortes contra os 8 mais fracos. Numa partida única em que quem perdesse caia fora do campeonato. Num ranking bem subjetivo, o Brasil enfrentou, através de um sorteio, a Espanha (que estava na lista dos mais fracos, e que obviamente não o era, como evidenciavam as grandes partidas que, havia tempos, fazia na Europa). O Brasil foi eliminado por 3 x 1.
Segundo historiadores italianos do futebol, os brasileiros eram muito leves e jogavam um futebol clássico, agradável de se ver, porém sem muita objetividade. Venceu o futebol rústico mas objetivo, dos Espanhóis.
Se o Brasil não venceu a Copa, pelo menos um brasileiro que jogava na Roma foi campeão mundial pela “azzura”: Filó, ou Anfilóquio Guarizzi. A seleção Italiana, campeã mundial de 1934 formou com Combi, Monzélio e Alemandi; Ferrari IV, Monti e Bertolini; Guaitá, Meazza, Schiavio, Ferrari e Orsi. Orsi e Monti, dois argentinos campeões com a Itália.