Arte de moleque
(Alessandro Lisbõa)
Arte de moleque
(Alessandro Lisbõa)
Um alvoroço danado, sol tinindo, moleques correndo, gritando o povo saindo das casas aglomerando-se na rua para ver do que se tratava. Avisto um moleque só de short com um cabo de vassoura na mão avançando furioso para cima dos outros moleques. Todos correm dele, ninguém quer saber de enfrentá-lo, aparentemente furioso chamando todo mundo de covarde e, que ninguém tinha coragem.
Os outros começaram a pedir para que um adulto tomasse o cabo de vassoura das mãos do ofensor, mas todos ficaram meio receosos em envolve-se na confusão, pois briga de moleque é igual briga de casal quem se mete sempre sai de errado.
Ele não parava com artefato nas mãos parecia mesmo transtornado querendo atingir alguém de qualquer forma. Até que então o homem alto forte resolve tomar uma atitude e acabar com a valentia do moleque. O homem vai para cima do moleque pula para lá e para cá chinga, esperneia o moço começa a se irritar mais e mais, num golpe de destreza o menino pega o artefato como se fosse um Samuray e corre em direção ao estomago do mesmo, eu quase que fecho os olhos para ver aquela cena, mas a curiosidade falou mais alto. O cara dá um leve passo para o lado, gruda com as duas mãos no cabo de vassoura e arranca-o das mãos do agressor, que corre uns cinco metros para a frente vira-se para traz, olha para os outros garotos que agora estavam todos quietos e atônitos, levanta as duas mãos para cima e grita.
-- Pau de bosta!!!
Os outros começam a pular e gritar.
-- Pau de bosta!!! Pau de bosta!!!
E as pessoas em volta sem entender nada se olham confusas, os moleques davam muita risada, o homem com o pau nas mãos fica sem graça. Então dá uma olhada para o objeto em sua mão, percebe algo diferente, o pau estava meio liso, então ele tira uma das mãos da uma olhada e percebe que foi enganado entende então o porquê da gritaria e fica muito nervoso, quis bater em todo mundo, mas não acertou ninguém. Por fim ele volta para casa com vergonha e fedendo.
E mesmo após muito tempo ninguém esqueceu o fato acontecido e, quando ele passa na rua alguém logo grita, “ai, vai lá cheiroso”, “vai lá pau de bosta”.