Tiraram-me um objeto, mas o objeto sou eu aos olhos de muitos personagens da violência, bandidos da miséria, do descaso e também da cultura de guerra que assola minha cidade.
Amantes do perigo? Não! Miséria social!
Exemplos perversos da falha do Estado, falha humana também, minha falha posso dizer, pois o ambiente também reflete a própria condição de vida da humanidade.
O objeto é a vida nessa subsociedade, subcivilização, subrealidade.
A justiça chora diante da ignorância social que molda o pensar dos jovens.
Não chores justiça! Faça valer sua força, seu equilibrio natural!
Desrespeito, humilhação, preconceitos que fazem-nos questionar nossa própria condição humana.
Eu existo ou eu vivo?
O objeto precisa transcender, brilhar, iluminar os caminhos.
O objeto precisa ampliar-se, fazer ouvir o som do seu interior.
O objeto será sempre objeto enquanto não vencer a si mesmo.
Como Newton desvendou, estará em inércia enquanto uma força não agir sobre ele.
A força da paixão pela paz e pela humanidade!