Chegando de toalha [fato verídico]
Outro dia, cheguei a casa da minha namorada de toalha. Quando ela abriu a porta, ficou assustada, arregalando os olhos... mas logo foi, digamos, se acostumando com aquela cena. De certo, me achou meio louco. Mas já sabe bem como eu sou e do que sou capaz.
Creio que ficou imaginando como eu teria ido à sua casa naquela situação. Seria amor demais? Desejo demais? Uma vontade louca que se sobrepõe a qualquer outra sensação, mesmo às ordens do bom senso e da razoabilidade? Não sei. Só sei que foi assim que fui. Não resisti. Algo mais forte do que eu me atraía a ela.
Puxou-me então rapidinho pra dentro. Longe dos olhares alheios, foi logo me beijando... me abraçando... me apertando...
Ela é sempre assim, envolvente, sensual, caliente, arrepiante. Acolheu-me da forma mais sedutora possível e disse que eu poderia ficar à vontade, oferecendo-me gentilmente a sua cama tão confortável. Não pensei duas vezes, claro. Era tudo que eu precisava naquele momento...
Aquela casa fechada, as luzes apagadas, o aconchego no seio dos braços da amada, tudo aumentou ainda mais o meu suor, que já escorria fartamente pelo meu corpo quente.
Mais que abraçados, ficamos colados, enroscados um no outro... Não só na cama, mas no sofá, na cadeira, no banquinho... Aquela casa nunca foi tão pequena... e quente!
Em raros intervalos, o suor diminuía, inutilizando assim por alguns poucos instantes aquela toalha. Mas na maior parte do tempo, manuseei a toalha, fazendo-a absorver eficientemente todo líquido que fluía farta e incessantemente do meu corpo, e inevitavelmente pelo corpo dela, claro.
Depois de tantos carinhos, senti que talvez a minha situação estivesse a incomodando. Mudamos de posição e continuamos naquela cena ao mesmo tempo romântica e pitoresca. Ela é realmente fantástica e incansável...
Cuidou de mim até que eu melhorasse daquela MALDITA FEBRE e voltasse para casa (ou o que é que você pensou que eu estava fazendo com uma toalha de rosto na mão e completamente vestido?).
(Catalão, 23/11/2011)