DOCE LOUCURA

Conheci vários loucos em minha vida, mas poucos conseguiram ser complexos e compreensíveis, talvez por acreditarem que tudo deve ser direto e obvio, sem compreender o valor do mistério e da incoerência, achar estímulo para desvendar o desconhecido.

Certa vez, um “louco” se designou: SOU CONTRADITÓRIO, UM LOUCO SENSATO, DOCE , AMÁVEL E FACINANTE. Chega a ser quase impossível imaginar uma loucura sensata, mas o pior disso e entender que existe e é possível.

Construir uma crônica do desconhecido porém similar, se torna fácil e ao mesmo tempo complexo... É eu sei, é contraditório, mas é real. Daí me pergunto, O QUE É REAL, O INVISÍVEL É REAL¿¿ Essa é simples de responder, basta entender o abstrato, o intocável da mesma forma que é possível compreender a existência do vento, do sol, das nuvens mesmo sem poder tocá-los, sabemos que existe e podemos sentir sua presença. COMO É POSSÍVEL AFIRMAR QUE O DESCONHECIDO É SIMILAR A VOCÊ SENDO QUE NÃO PASSA DE UM INCÓGNITO¿¿COMO É POSSÍVEL COMPARAR SITUAÇÕES OU PESSOAS INCOMPARÁVEIS¿¿ Felizmente não podemos ter respostas a tudo, mas podemos tentar responde-las. Tá ai o sentido em não querer seguir o padrão da obviedade, porque se tudo fosse claro não existiria razão em tentar entender a loucura e seu fascínio.

A fascinação em viver na loucura está explicitamente implícito quando comparamos a vida com simples salas. Pois se basearmos os momento vividos, com pessoas a quem nos deparamos em uma sala, veremos que a vida é assim, uma sucessão de salas e as pessoas que nos deparamos nessas salas vão formando a nossa vida. E então é impossível pensar em quantas portas foram fechadas e inimaginável contar quantas estão por vir. A vida é um ciclo, basta você saber qual rumo tomar, se quer iniciar no fim, ou finalizar no começo.

Alana Matos
Enviado por Alana Matos em 28/11/2011
Código do texto: T3362017
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