Meu direito de escolha.
Carina era filha única e claro muito mimada. Não sabia fazer nada porque nunca precisou lavar um copo. Numa tarde de quinta-feira sua mãe lhe disse:- “Seu pai acabou de telefonar dizendo que quer ir hoje e não amanhã para a casa da praia, então vá logo arrumar a sua mala”. Carina se assustou porque sua mãe nunca agiu assim! Ela sempre preparava tudo com antecedência, mas hoje não havia outra saída a não ser pedir a ajuda da filha. Carina foi logo dizendo:- “Eu não vou fazer mala nenhuma, prefiro não ir à praia, fico aqui com minha internet”. “Eu tenho o direito de escolha!” A mãe não discutiu, arrumou tudo que precisariam. Carina se mantinha como se nada estivesse acontecendo. O pai chegou e a mãe logo foi levando as caixas e cestas com alimentos para o carro. O pai lhe perguntou o porquê da filha não ir e a mãe lhe explicou tudo e disse que queria aplicar uma lição à filha, com o que o pai concordou. Dessa vez, pareceu que a casa caiu, como dizem por aí. Eles se foram e Carina ficou toda entretida com a sua internet. As horas voaram até que veio uma fome lá pelas duas da manhã. Carina foi à geladeira e a encontrou quase vazia, apenas com ovos e meia dúzia de bananas. Ficou desesperada e começou a se lamuriar:- “Meu Deus, preciso comer algo, o que faço agora?” Num minuto a voz d´Ele se fez ouvir:-“Frite um ovo e coma uma banana. E sem choro nem vela!”