Finanças - Ciência ou Doença
Finanças : ciência ou doença ?
Economia é considerada até hoje uma ciência, afinal foca a atividade produtiva tratando da maximização dos recursos disponíveis utilizando conceitos e ferramentas prioritariamente matemáticas e estatísticas. A palavra economia origina-se do grego “oikos” (riqueza) e “nomos “ (regra, lei). Assim a melhor definição para economia é :
“ Ciência que estuda as atividades humanas que geram consumo e são transacionadas em moedas “
Dentro da ciência econômica destaca-se hoje a área de FINANÇAS que se refere aos processos relacionados a gestão de recursos representados por títulos, ações, créditos e obrigações de qualquer natureza e agentes ( empresas, indivíduos, Estados ).
Toda essa introdução facilmente entendida pela maioria dos mortais, começa a ser questionável pelas sucessivas e cada vez mais rápidas mudanças nas e das atividades e seus agentes. Para resumo da ópera cito alguns termos e jargões:
- bailout, alavancagem, subprime, derivativo, swap cambial, securitização, default, fundos de hedge, circuit breaker
que são apenas uma pequena amostra da verdadeira loucura que ocorre hoje no mercado financeiro. Destarte, ouso dizer que a atual crise foi e está sendo causada pelo subprime, pela excessiva alavancagem e pelo uso indiscriminado de derivativos. Entendeu? Nem eu.
Assim, creio que a pergunta feita no título da matéria é extremamente pertinente.
Ouso definir a doença que aflige a economia no momento. Chama-se “Transtorno Bipolar”. O transtorno bipolar, segundo os especialistas é uma doença caracterizada por momentos de extrema euforia e por momentos de extrema depressão. Entre esses momentos comumente há períodos de normalidade. Todos nós temos altos e baixos mas nos portadores dessa doença as mudanças são extremadas. Há períodos de extrema atividade e criatividade e períodos de grande lentidão e paralisia.
Portanto, a meu ver a Economia hoje não é mais ciência, é doença e denomina-se “ Transtorno Bipolar “, cuja causa está na impossibilidade de lidarmos com os avanços tecnológicos de forma estruturada e racional. As ocupações na economia real continuam a evaporar-se e legiões de pseudo-ocupados têm que trafegar pela economia virtual que promete algo que não tem e que nem pretende ter.