Mirem-se no exemplo daquelas mulheres da Rússia
Mirem-se no exemplo daquelas Mulheres da Rússia...
Aos 45 anos, recebi mentalmente uma gama de palavras para falar sobre a mulher que há em mim, e a mulher que vou descobrindo em outras.
Escritoras, professoras, donas de casa, mães, irmãs, primas, amigas, artistas, mulheres, amantes, vendedoras, lésbicas, heteros, cineastas, religiosas, castas e puras, devassas e intelectuais, enfim, madres, madonas e MULHERES MUSAS!
Há alguns dias conheci num site de autores, não importa que sejam de cinema, de livros ou de obras de arte, e autoras. Enfim, uma mulher russa, que numa certa ocasião trocou alguns emails comigo, e concomitante li sobre o que seria uma mulher entre parênteses. Dois eixos contrários em se tratando de mulheres liberais ou não, ainda, nos dias de hoje.
Então, lentamente percebi o quanto pessoas, em geral, principalmente mulheres, vivem embaladas pela cultura e filosofia tradicional. Muitas vezes deixam a psicologia feminina, que trata da afetividade psico- social de lado, mas aderem fortemente ao tema que a cerca desde a infância; as influências culturais. Onde fica o desejo, vontades, pensamentos e vocações?
A vida para essas mulheres é dever, pleno dever. Dignidade e paz, através do DEVER. Mas há também a diversidade cultural, e percebi que casualmente conheci esse lado da mulher submissa e feliz, segundo os dogmas e doutrina religiosa cristã ortodoxa. Não quero aqui fazer menção a nenhuma doutrina ou cultura, ou mesmo dizer que a mulher tem que morrer lutando para se liberar. O que me chamou atenção, foi ; eu , brasileira, 45 anos, solteira e cheia de indagações, investigações e deslumbramentos acerca do que não vivi, ou não conheço do universo feminino.
Me deparo então com um encanto de pessoa, que vive calmamente produzindo tese a luz de convicções, que pra mim são medievais.
Afinal, o que é melhor para o ser humano social, seja homem ou mulher, pois que ambos tendem a se fadar do conformismo imposto pelo meio, pelos padrões, que pior do que impostos pela família, são impostos por ela mesma.
As mulheres que seguem preceitos religiosos na Rússia, ainda nos dias de hoje zelam por seus maridos, heróis e amantes contemporâneos da Rússia...
A Rússia foi só uma refêrencia, mas existem países locados no planeta onde a mulher tem milhares de facetas, mas ainda assim, conservam o sonho de ser AMADA...
Sim, é pra isso que nasce uma mulher!
É incrível ver a diversidade deste mundo feminista, onde muito a ser conquistado leva mulheres a se produzirem para concurso de esposas cobiçadas, exemplo de feminilidade e luxúria, esta por conta da intimidade, é claro. Elas se lançam Europa mundo afora a busca de serem “encontradas”e levadas ao altar. Ocasião extinta no mundo moderno das brasileiras.
Essa atualidade no país me remeteu às mulheres de Atenas, parodiando acima meu amante intelectual Chico Buarque, que maliciosamente compôs exatamente sugestão contrária ao que diz a poesia da música Mulheres de Atenas.
Já Martha Medeiros fala de mulheres entre parênteses, traduzindo a auto submissão em prol de estar bem com a situação, mesmo q custe não estar bem consigo mesma. Submissão!
Mudam-se os tempos, muda-se as faixas, passeatas, leis, teses, moda, mas o papel da mulher será sempre o mesmo para a sociedade; SER MODELO E EXEMPLO!
Que importa se guardam sua máculas, lágrimas e novenas embaixo do travesseiro, ou no lado manso do coração?
Serão amadas e inspirarão sempre por onde passarem, pois sua força está no exemplo que ela pode dar a ela própria...
Portanto, convencionais ou não, belas ou não, livres ou exaustas de si mesmas, sejam sempre MULHERES! E mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas, da Rússia, e da Brasileiras!
Mônica Ribeiro
25/11/11