Violencia calma.
Violência calma.
Calma violência.
“Com A se escreve Amor e arma
Com B se escreve Bola e bala
Com C se escreve Casa e cela
Com C se escreve Céu e Cela.” (ABC de Fagner)
O amor fugiu do ser humano no processo de brutalização que nos assola.
A arma esta livre nas mãos sujas que mancham de sangue nossas ruas.
A bola rola nos estádios e faz alegrias do menino, mas faz as guerras das torcidas organizadas como verdadeiros bandos de animais irracionais.
A bala já não adoça a boca dos meninos, que hoje empunhando armas de uso exclusivo de forças armadas, estão a serviço da violência desenfreada, que desceu o morro e invadiu as ruas de todas as cidades. Não que todo morro seja violento, mas foi lá, que os bandidos de todas as espécies encontraram seu porto seguro de suas contravenções.
A casa ficou vazia quando dela fugiu o amor, as plantas secaram e hoje nasce apenas erva daninha, que deixa alucinado e violento o povo da cidade. A casa deles virou uma fortaleza. Mas cá em baixo as nossas casas adquiriram estranhas grades como cadeias e lá aprisionaram as pessoas honestas.
Mas a cela, esta perdeu sua função, diante das habilidosas manobras de advogados nas entrelinhas deste código civil ultrapassado e vergonhoso, que apenas se aplica com rigidez aos pais de famílias por mínimos delitos, ou os pobres sem nenhum tostão, enquanto os piores bandidos fazem da cela um lugar para pernoite, pois na manhã seguinte um exército de advogados se entrincheira nas portas das delegacias armados de estranhos habeas corpus.
Mas o cidadão decente e honesto, este vive sob o signo do medo, da vingança, pois que para estes bandidos a vida é uma coisa banal e matar faz parte.
Pois assim aconteceu com minha sobrinha (a do texto Minha abelhinha já postado por mim). Nesta manhã de Segunda- Feira 21 de Novembro na cidade de São Paulo,quando ela se dirigia tranquilamente para seu trabalho, foi abordada por um rapaz de capacete empunhando um revolver num cruzamento. Consciente e inteligente ela ofereceu o carro ao bandido, que recusou e disparou três tiros a queima roupa, que ela indefesa apenas usou os braços protegendo a cabeça, este ato salvou sua vida, pois os projeteis resvalaram, causando uma fratura num braço e raspões pelo corpo. Elogias-se a ação rápida da policia paulistana que em tempo hábil, prestou os primeiros socorros e encaminhamento a um hospital da região onde foi socorrida e operada para retirada de balas no braço.
Pasme e creia, mas ação ela reconheceu o rosto do bandido, como sendo um motorista, que se envolvera com ela numa batida de transito em 2009 com apenas danos materiais dos veículos e que pela pericia ele deveria ressarcir os danos do carro dela no valor de R$ 1400,00, mas que se recusara, sendo gerado um processo de pequenas causas, onde fora determinada uma busca e apreensão. Logo seria este o motivo desta violência contra uma mulher indefesa de maneira covarde pela irrisória quantia de R$ 1400,00. Seria o valor de uma vida?
Hoje falei com ela pelo telefone e já sem perigo passa bem Graças ao Bom Deus, uma moça guerreira que aprendeu a conviver com a diabetes desde os 5 anos de vida, mas nada entende desta violência que hoje está presente nos espreitando em cada rua em cada sinal de transito, uma armadilha urbana.
Força minha sobrinha Priscila e que Deus esteja sempre com você.
Toninho
22/11/2011.