HÁBITO QUE HERDEI DE MEUS AVÓS


O dia amanheceu lindo, os pássaros como sempre fazendo uma sinfonia, na sibipiruna do jardim de casa.
Do outro lado da rua, uma árvore linda (que não sei a espécie) está completamente florida, cachos e mais cachos de flores de um vermelho intenso, contrastam com o amarelo das flores da sibipiruna. Comento novamente com meu marido que creio que as árvores gostem de estar perto uma das outras, pois, os galhos da minha estenderam-se até a do meu vizinho de frente, e as cores amarelo/vermelho, misturadas brilham ao sol.

Bem cedinho, fui caminhar com meu marido e o marley, a natureza está em festa, tudo verdinho, pés de manga, exibem os frutos crescidos, só faltando amadurecer, bananeiras repletas de cachos de bananas. 
A praça de esportes, ainda estava quase vazia, gostoso estar ali, com o sol morno beijando minha face, enquanto uma brisa fresca sopra, em meus ouvidos.

Domingo, dia de receber dois casais de amigos queridos, gosto de começar arrumando a mesa, cada um com suas manias. Essa é uma das minhas.
Depois, a cozinha me espera, com a ajuda sempre valiosa de meu marido, ele diz que eu já o promovi a ajudante de cozinheiro. rss.
Ele, corta e pica as cebolas e alho, no capricho, bem miudinhos.
Casa de vegetarianos, amigos carnívoros, viram vegetarianos. Não tem jeito.
Mas, compenso, preparando com carinho a refeição. 
E os recebo com o coração em festa.
Gosto de receber em minha casa, sinto prazer em preparar o almoço. 
Sinto que esse é um hábito que trouxe da infância, a casa de meus avós, aos domingos ficava cheia de tios, primos, cunhados e cunhadas.  Nesse dia parecia pra mim, que era sempre festa.
A tubaína do armazém de meu avô era liberada pra nós, crianças, e o ciclete ping/pong, sabor tuti fruti também.
Nossa piscina, era o rio calmo que passava no meio do quintal da casa de meus avós, e nosso parque de diversão era a balança ao pé do abacateiro que meu avô, com carinho fez pra todos nós.

Meus avós eram mestres na arte de receber, sempre bondosos e generosos, acolhiam seus convidados com carinho, oferecendo o que tinham de melhor, a eles.

Vi e senti de perto essa hospitalidade simples e acolhedora, gosto de repetir esse hábito em minha casa.
Seja servindo o que for, não esqueço de temperar com carinho e alegria.
Isso com certeza deixa qualquer prato mais saboroso, e os amigos, esquecem que não tem carne de espécie alguma, e comem com satisfação, mesmo que for chuchu ou abobrinha. rss





Lenapena
Enviado por Lenapena em 20/11/2011
Reeditado em 20/11/2011
Código do texto: T3346144