"Devaneios".
Devaneios.
Deitado, aqui, neste sofá tipo ”poltrona do papai”.
A médica já fez a avaliação e constatou que realmente a pressão está alta. Quando perguntei a ela quanto estava, ela apenas me disse inspira cuidados. São somente números.
Já, já o senhor estará ótimo e poderá voltar ao trabalho.
Agradeci e munido de uma ficha me desloquei à enfermaria onde moças e rapazes de branco bonitos e falantes, me deram para tomar um comprimido e aplicaram uma injeção.
Levaram-me a uma sala de espera ou repouso onde deveria aguardar por uma hora, depois medir a pressão, se normalizada passaria pela médica outra vez que liberaria ou não dependendo do resultado.
Aquela ansiedade e a dor na nuca já estavam passando, assim como aquela comichão no rosto e nas mãos.
Bateu em mim uma situação gostosa de torpor, um sono leve que vi me dominando aos poucos.
Penso em nossa família, minha mãe, irmãos, filhos e netos.
Que pessoal maravilhoso, consegui reunir.
Pensei em doação de órgãos, mas quem iria querer estas peças gastas.
Sei que é uma bobeira minha, mas quero ir primeiro.
Você pensa em ato de heroísmo?
Não..., covardia.
Quando tiver que fazer a grande jornada, quero ir primeiro.
Não suportaria a idéia, de perdê-la.
Também iria aguardá-la, e ajudá-la, quando um dia, lá chegar.
Você é um diamante de incalculável valor.
Impossível avaliá-la.
Pois não haveria parâmetro para tal.
Peça para os meninos imprimir as histórias e versos que fiz, e de vez enquanto.
Leia para você, ou para meus netos.
Pode ter certeza que estarei lendo também.
Fui acordado por um enfermeiro sorridente que disse.
:- Acabou a moleza, mediu a pressão e encaminhou-me à médica.
Sorridente ela falou,
:- agora tudo bem o senhor pode ir para casa.
Estou de serviço doutora.
Não o senhor pode ir para casa.
Trabalhe dobrado amanhã.
Para compensar o dia de hoje.
Saí preocupado, pois parece ter um acordo médico-empresa, para, nunca dispensar sempre mandar de volta para o trabalho.
Sei lá... Deve ser meus olhos verdes.
OripêMachado.
Devaneios.
Deitado, aqui, neste sofá tipo ”poltrona do papai”.
A médica já fez a avaliação e constatou que realmente a pressão está alta. Quando perguntei a ela quanto estava, ela apenas me disse inspira cuidados. São somente números.
Já, já o senhor estará ótimo e poderá voltar ao trabalho.
Agradeci e munido de uma ficha me desloquei à enfermaria onde moças e rapazes de branco bonitos e falantes, me deram para tomar um comprimido e aplicaram uma injeção.
Levaram-me a uma sala de espera ou repouso onde deveria aguardar por uma hora, depois medir a pressão, se normalizada passaria pela médica outra vez que liberaria ou não dependendo do resultado.
Aquela ansiedade e a dor na nuca já estavam passando, assim como aquela comichão no rosto e nas mãos.
Bateu em mim uma situação gostosa de torpor, um sono leve que vi me dominando aos poucos.
Penso em nossa família, minha mãe, irmãos, filhos e netos.
Que pessoal maravilhoso, consegui reunir.
Pensei em doação de órgãos, mas quem iria querer estas peças gastas.
Sei que é uma bobeira minha, mas quero ir primeiro.
Você pensa em ato de heroísmo?
Não..., covardia.
Quando tiver que fazer a grande jornada, quero ir primeiro.
Não suportaria a idéia, de perdê-la.
Também iria aguardá-la, e ajudá-la, quando um dia, lá chegar.
Você é um diamante de incalculável valor.
Impossível avaliá-la.
Pois não haveria parâmetro para tal.
Peça para os meninos imprimir as histórias e versos que fiz, e de vez enquanto.
Leia para você, ou para meus netos.
Pode ter certeza que estarei lendo também.
Fui acordado por um enfermeiro sorridente que disse.
:- Acabou a moleza, mediu a pressão e encaminhou-me à médica.
Sorridente ela falou,
:- agora tudo bem o senhor pode ir para casa.
Estou de serviço doutora.
Não o senhor pode ir para casa.
Trabalhe dobrado amanhã.
Para compensar o dia de hoje.
Saí preocupado, pois parece ter um acordo médico-empresa, para, nunca dispensar sempre mandar de volta para o trabalho.
Sei lá... Deve ser meus olhos verdes.
OripêMachado.