Feliz por quse tudo
Admiro os escritos de Martha Medeiros. Seu último livro tem vendido bastante, ou pelo título, ou pela reconhecida competência da autora; comprei-o pelos dois motivos e intitula-se “Feliz por nada”. Analisa, em uma das suas crônicas que originou o título, as razões que levam uma pessoa a declarar estar feliz e diz ” …que não é seguro se sentir feliz por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.” O ser feliz é algo desejado por qualquer ser humano normal. Creio que há sempre uma motivação para qualquer estado de espírito e as circunstâncias vão ditando as regras. Sou mais adepta por ser feliz por quase tudo.
Entendo o estar feliz ficando alegre. Por que nos alegramos? Podemos estar alegres por grandes ou pequenas coisas que provocam uma sensação de prazer. Um dia perguntarei as razões que levam as pessoas a declararem ou expressarem alegria e serfelicidade e sei que vou encontrar inúmeras justificativas. Escutei, certa vez, uma pesquisadora comentando que as respostas diferem para homens e mulheres.
Iniciei meu processo de identificar quais os fatos que lembro de ter me provocado alegria ou estar me sentindo bem e feliz. Minha memória apontou um bem-te-vi que vi preso em uma área com várias janelas de vidro. Quando encontrei-o estava agitado e se debatendo desvairadamente, com as asas abertas e o bico muito aberto. Ao mostrar uma saída, partiu ligeiro e foi estacionar em um fio que atravessa a rua e onde estava uma companheira, suponho que seja, que estava ali talvez atraída pelos sons emitidos pelo coitado. Partiram juntos para o ar e fiquei num estado de alegria, por uma coisa tão pequena, mas que no momento foi muito significativo e me encontrei em um estado de feleicidade. É este pouco que poderá ser quase tudo, no momento.
Alegre sinto quando alguém querido chega. Ou chega para ficar ou chega para passar poucos dias e é como escreveu Mendonça Júnior, em uma de suas belas poesias, ao falar da chegada e que ela provoca ”…sorrisos de festa em minha face…”. Provoca também, na espera, uma ansiedade gostosa. Por poucos dias sinto a vida pulsar diferente, detenho-me na cor do mar, na brisa que sopra, nas lágrimas da chuva que lavam a rua na madrugada, nas jangadas que com suas velas brancas e abertas alinhavam as ondas, pura alegria do retorno, pela proximidade do seu porto, na Balança dos peixes e, assim, pelo pouco ou muito, a alegria surge, mas não por nada.
Sei que o otimismo exagerado é quase insanidade, diante de tantas adversidades, pois o exagero torna-se inconveniente e até perigoso.A vida é permeada por momentos de perda, de tristeza, de violência, de estresse, de insatisfação com o trabalho, com a profisão escolhida, com separações, traições, desencantos, enfim, são inúmeros fatos que podem tentar desequilibrar o ritmo der viver. Entretanto, o buscar equilíbrio, descobrir formas de estar bem, mobilizar pensamentos que ajudam e contribuem para se ter saúde, boas amizades, um amor, boa disposição para enfrentar os desafios e custa quase nada acreditar que podemos cultivar a alegria e ser feliz por quase tudo.
Admiro os escritos de Martha Medeiros. Seu último livro tem vendido bastante, ou pelo título, ou pela reconhecida competência da autora; comprei-o pelos dois motivos e intitula-se “Feliz por nada”. Analisa, em uma das suas crônicas que originou o título, as razões que levam uma pessoa a declarar estar feliz e diz ” …que não é seguro se sentir feliz por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.” O ser feliz é algo desejado por qualquer ser humano normal. Creio que há sempre uma motivação para qualquer estado de espírito e as circunstâncias vão ditando as regras. Sou mais adepta por ser feliz por quase tudo.
Entendo o estar feliz ficando alegre. Por que nos alegramos? Podemos estar alegres por grandes ou pequenas coisas que provocam uma sensação de prazer. Um dia perguntarei as razões que levam as pessoas a declararem ou expressarem alegria e serfelicidade e sei que vou encontrar inúmeras justificativas. Escutei, certa vez, uma pesquisadora comentando que as respostas diferem para homens e mulheres.
Iniciei meu processo de identificar quais os fatos que lembro de ter me provocado alegria ou estar me sentindo bem e feliz. Minha memória apontou um bem-te-vi que vi preso em uma área com várias janelas de vidro. Quando encontrei-o estava agitado e se debatendo desvairadamente, com as asas abertas e o bico muito aberto. Ao mostrar uma saída, partiu ligeiro e foi estacionar em um fio que atravessa a rua e onde estava uma companheira, suponho que seja, que estava ali talvez atraída pelos sons emitidos pelo coitado. Partiram juntos para o ar e fiquei num estado de alegria, por uma coisa tão pequena, mas que no momento foi muito significativo e me encontrei em um estado de feleicidade. É este pouco que poderá ser quase tudo, no momento.
Alegre sinto quando alguém querido chega. Ou chega para ficar ou chega para passar poucos dias e é como escreveu Mendonça Júnior, em uma de suas belas poesias, ao falar da chegada e que ela provoca ”…sorrisos de festa em minha face…”. Provoca também, na espera, uma ansiedade gostosa. Por poucos dias sinto a vida pulsar diferente, detenho-me na cor do mar, na brisa que sopra, nas lágrimas da chuva que lavam a rua na madrugada, nas jangadas que com suas velas brancas e abertas alinhavam as ondas, pura alegria do retorno, pela proximidade do seu porto, na Balança dos peixes e, assim, pelo pouco ou muito, a alegria surge, mas não por nada.
Sei que o otimismo exagerado é quase insanidade, diante de tantas adversidades, pois o exagero torna-se inconveniente e até perigoso.A vida é permeada por momentos de perda, de tristeza, de violência, de estresse, de insatisfação com o trabalho, com a profisão escolhida, com separações, traições, desencantos, enfim, são inúmeros fatos que podem tentar desequilibrar o ritmo der viver. Entretanto, o buscar equilíbrio, descobrir formas de estar bem, mobilizar pensamentos que ajudam e contribuem para se ter saúde, boas amizades, um amor, boa disposição para enfrentar os desafios e custa quase nada acreditar que podemos cultivar a alegria e ser feliz por quase tudo.