I - APOLLO -Além Da Grécia –
Como tudo começou:
Como tudo começou:
Esta é uma história verídica. Surgiu-me a oportunidade de escrevê-la. Me diverti, e espero que você se diverta lendo.
Desde pequenos meus filhos sonhavam em ter um cachorro. Fato impossível em minha casa, devido às más experiências sofridas.
Primeiro meu filho mais velho, quando tinha 2 anos, ficou muito doente. Para que se alegrasse uma de suas tias lhe prometeu dar um cachorrinho quando ele saísse do hospital. Assim foi feito. Ganhou um poodle pretinho, que por causa de sua cor o chamou de “Neguinho” .
O menino passava o dia judiando do cachorro. Mas o pior de tudo: ele, todos os dias, colocava o cão na água com cândida para ficar branco, afinal, para o menino, aquele preto do pelo canino era sujeira. Depois de muito sofrer o “Neguinho” foi levado a casa de sua avó materna, onde permaneceu por anos até o final de sua vida canina.
Outro momento terrível: O garoto Não desistiu de ter um cão, e depois do nascimento de seu irmão ganhou um aliado a esta causa. Prometi presenteá-los com um assim que tivéssemos nossa casa própria.
Quando finalmente adquirimos a tão sonhada casa, cumpri a promessa. Novamente uma poodle preta, que chamaram de July.
Ela era terrível: Roia todas as plantas de casa, roia os móveis, nos poucos momentos em que entrava escondida. Escondia os chinelos, rasgava roupas penduradas no varal. Seus hábitos eram noturnos e acordávamos, pela manhã, com a casa detonada. Ou quando nos ausentávamos, como protesto pela solidão. Entretanto tinha seu lado bom. Conhecia o barulho de nosso carro, quando meu marido chegava ia recebê-lo no portão. Era carinhosa, brincalhona. Infelizmente suas artimanhas irritaram-me ao ponto de dar o cachorro a outra família. A July era tão paparicada que a nova dona precisou fazer duas viagens para levar as coisas da tal. Meu primogênito chegou ir atrás da mulher para trazer a July de volta, mas foi em vão. Foi-se mais um cão. Mas e o Apollo? Continua...