Cidadela Esquecida.

O povo labora na própria cova do nascimento à morte. Os ditos estados democráticos estão ainda longe do ideal proposto pelos teóricos de todos os tempos. São na realidade um meio de conceder a poucos, ditos líderes, a bonança, usurpando às escondidelas, em forma de tributos, a maioria trabalhadora.

Se é assim, de forma generalizada, na Nação, imagine-se o que ocorre por aqui, dando um exemplo vago, nesta comarca chamada Poeirópolis, rincão escondido de todos, atolada no meio da poeira e do capinzal, bem longe da razão, da civilização e da beira da estrada rodoviária asfaltada, que passa ao largo.

Mandaram pra cá um juiz e um promotor de justiça, a fim de imporem a ordem, porém logo incorporaram o ideal sonífero do local e se prostraram, atrapalhando o “trânsito” de modo pusilânime, absurdo e injusto. Confesso que já tentei soltar uns “gritos”, mas, quando não me calaram, caíram logo no esquecimento, como que lançado aos ventos.

Por perto todos confabulam entre si, como que querendo implantar uma revolução, mas quando é necessário dar a cara a tapa, ou assinar qualquer requerimento ou reclamação, se escondem feito ratos nos seus bueiros sujos, olhando com olhares famintos, esperando a esperança que talvez surja com a morte do “boi de piranha”. À primeira vista, um bando de homens brutos; aproximando-se se verifica um bando de covardes, para não dizer hienas dando gargalhadas de suas próprias misérias. No banho ou junto de suas mulheres, crianças, idosos ou incapazes são fortes feito mouros irresignados, porém passam a vida sentados em botecos ou em frente a televisores clamando uma salvação que são incapazes de correr atrás. É uma triste realidade que se esconde atrás dos couros grossos, dos coices desmotivados, das carrancas ressequidas, dos olhares míopes e das mentalidades rudes e preconceituosas, e estamos aqui ainda, para o que der e vier..., vagando dentro da desonestidade, da maldade, preguiça e comodismo irracional...

SAvok OnAitsirk, 16.11.11.