Ano Novo

Fui passar o Ano Novo na serra de Guaramiranga, no interior do Ceará. Entre flores, bem-te-vis, folhas, terra, chuva e gente, deixei escorrer de minha mente todas as agruras do ano findo e abri a minha mente para o ano novo que está por começar.

Firmo minha mente em nada, deixo-a branca como papel. Nada desejo para mim, apenas que haja paz, prosperidade, abundância, felicidade e muito amor para o próximo. Amor em todas as suas matizes, profundas, superficiais, mentais, sexuais, divinas e incondicionais, mas que haja amor, que haja entrega e que o foco deixe de ser o nosso próprio umbigo, para ser o umbigo do próximo, por que o próximo deve ser o foco em nossa vida. Quando aprendermos isso verdadeiramente, saberemos que aprendemos a viver.

Ninguém que está feliz agride a ninguém. Se alguém agride é por que está infeliz e se agredimos quem está infeliz, ele agride mais ainda, por que se sente mais infeliz, até que haja a morte. Mas como o espírito é imortal, ao invés de nos libertarmos do problema, criamos um outro maior ainda, damos continuidade a um mal que poderia ter sido curado agora, com amor.

Sei bem o quanto é difícil retribuirmos o mau com o bem, mas isso tudo é apenas treino, assim como treinamos os nossos músculos nas academias, treinamos o amor em nosso dia-a-dia. O importante é nos darmos as mãos e nos ensinarmos a amar. Comecemos pelos nossos filhos. Mesmo que não consigamos passar para eles uma idéia totalmente sincera sobre o amar ao próximo, podemos ser sinceros em dizermos que ainda somos iniciantes e não sabemos ainda direito como se faz isso, mas que este é o caminho verdadeiro para uma vida perfeita.