Das pessoas que se apressam na linha amarela do metrô de São Paulo
Hoje gostaria de imiscuir-me em assunto que é mais fluente à sociologos, antropológos ou fisionomistas sei lá... talvez o faça por presunção, meter o bedelho em tema alheio aos meus estudos, mas antes, pergunto: o que sabe um escritor para assegurar-se de que escreve sobre tema conhecido? ou, por que um cronista deve escrever "cientificamente" após comprovações em laboratório e tal? porra! a graça é essa, opinar sobre o que vejo, ora pois....bom, é o seguinte: verifiquei empiricamente algo que qualquer usuário da nova linha amarela do metrô (sua inauguração veio à calhar!) pode confirmar, a incrível maioria dos tipos humanos que correm e empurram as pessoas nesta linha são negros e nordestinos, e carregam invariavelmente uma mochila nas costas.
Quando há o desembarque do trem, que faz a ligação com a linha amarela, ou quando do embarque no metrô da linha verde para a conexão com a amarela (ao leitor que não é de Sampa: tem aqui a linha azul, vermelha, lilás, verde e amarela de metrô que se interligam e fazem parte de uma grande malha de transportes) há sempre pequenas multidões circulando em vários sentidos, e espera-se de pessoas civilizadas que caminhem em ordem e sem empurra-empurra, justamente para que a coisa não se transforme numa barbárie.
Destes negros e nordestinos que correm no meio de tanta gente não se deve esperar civilidade! Iniciam a carreira sem mais nem menos, simplesmente têm o impulso de correr e correr e empurrar e passar à todo custo na frente das pessoas que se alinham educadamente e prá que? porque não chegam primeiro que os demais na "composição". Os que caminham respeitosamente e os que correm como macacos chegam ao mesmo tempo!
Fica na minha cuca sempre a interrogação, o motivo do desespero destes seres em correr, já que se usarem um pouquinho a cabeça perceberão que é vão seus esforços, e pior, pode ser perigoso, no caso de causarem um acidente.
Encontro uma conclusão não muito animadora para a teoria cristã da igualdade dos homens: trata-se de descendentes diretos dos símios, os parentes mais próximos evolutivamente dos homens, seus cérebros são pequenos e menos racionais, agem impulsivamente, podem ser violentos e não demonstram, na maioria das vezes, compaixão e respeito pelo próximo. Se não fossem classificados como "homo sapiens sapiens" seria mais adequado e melhor para eles próprios, já que comparado a animais menos "evoluídos" estes, seriam um primor de genialidade.
E ainda não seriam submetidos à nossas leis no caso de cometerem algum crime, que mais cedo ou mais tarde acabarão por cometer na linha amarela do metrô e quem sabe teriam jaulas - dormitórios em seus subempregos e por lá ficariam todo o dia.
Em tempo: esta não é uma crônica preconceituosa, sou quase negro, filho de nordestinos e tenho a cabeça levemente achatada, assim, não posso depreciar minhas origens, esta crônica, como todas, narra um fato social, verificável por qualquer um.
O aviso dirige-se aos mela-cuecas adeptos do denuncismo anônimo aqui deste espaçoso Recanto.