ESCOLA versus LAR (Aleixenko Oitavo)

ESCOLA versus LAR

{{{O texto a seguir me veio á mente após presenciar um jovem aluno (menos de doze anos) agredir verbalmente um professor, só não fisicamente por ação de adultos presentes.}}}

Nada de chamar a atenção para soluções duradouras: vá cangar grilo!

Português, matemática, geografia... são supérfluas no contexto EDUCAR. Quem quer saber ler e/ou escrever? “baba” é saliva de boi ou aia? Ou... de que serventia tem saber quais são os dois primeiros números primos? Se fossem as “primas”! Ou ainda, onde fica Pindamonhagaba? Meu Deus; é muito difícil...

No contexto da relação escola versus lar (meio em que vive o aluno); a escola é tida como obrigada a “fabricar” o homem; e, ao lar os louros, ou seja, em casa não educa, por que é proibido reprimir. Enquanto na escola ensina e aceita o discente tal qual ele é: desbocado, tarado e violento; na família ele faz e aplica suas leis. Assim... que Deus proteja o resto!

Ao generalizar deixo passar batido que a VIDA, essa coisinha que levou bilhões de anos para desenvolver, não vale nada. Mata-se aqui, ali e acolá, como se estivesse dando um chute numa bola; esportivamente, é claro!

Professor, esse troglodita! Para o patrão (governo) ele deve ser amarrado ao pelourinho e castigado com chibata, por querer melhores salários e condições dignas e de segurança, para exercer a profissão. Para os alunos ele deve ser enterrado vivo, de cabeça para baixo, para evitar de cavar e sair à superfície.

Só não sei quem tem razão: alunos ou patrão?

Veja RICARDO KOTSCHO:

As “Leis das Palmadas” como poderão ser cumpridas na prática?

Pesquisas mostram que os pais estão batendo menos nos filhos: 72% já levaram uns cascudos, apenas 58% declararam que também já bateram nos filhos, ou seja, de uma geração para outra, a criançada está apanhando menos para andar na linha.

Nem por isso a violência diminuiu. Ao contrário, todas as estatísticas indicam que, de ano para ano, os brasileiros estão respeitando menos a vida alheia, ficando mais violentos, matando mais por qualquer motivo ou sem motivo nenhum.

É claro que todos nós somos contra qualquer violência praticada contra crianças, sejam nossos filhos ou não, mas para isso já existe o Código Penal, que pune severamente estes crimes.

Em todas as classes sociais, os pimpolhos ditam o que podem ou não fazer, quais os direitos e os deveres, para se viver em sociedade, nem sempre respeitando as leis já existentes.

A maior prova disso é o desrespeito aos professores, vítimas até de agressões dos alunos, que se sentem protegidos pelos pais para fazer o que bem entendem. É isso que acaba levando a assassinatos...

Antes de mais nada, é preciso ter bom senso, dedicar mais tempo a conversar com os filhos e educá-los pelo exemplo, o que os pais que vivem nas grandes cidades têm feito cada vez menos, deixando tudo por conta das escolas.

Assim, muitas vezes, o último recurso, que é o castigo, acaba sendo o primeiro. E as crianças vão descontar suas frustrações e revoltas em cima dos professores, que nada podem fazer, criando-se um círculo vicioso que nenhuma lei vai cortar. Não sei qual a melhor solução, mas não é, certamente, punindo os pais com a “Lei das Palmadas” que vamos melhorar o nível educacional dos nossos jovens e construir uma sociedade menos violenta, mais fraterna.

Agora veja IÇAMI TIBA:

1 - É bonitinho quando um bebezinho começa engatinhar e aperta os botões da televisão, mas é errado. Ele deve ser instruído do erro e retirado da proximidade do objeto em questão. “- NÃO pode fazer isso!”

2 - Ao começar a andar a criança tem necessidade de atividade, e sai apertando botões, retirando as coisas dos seus lugares. É ERRADO. Toda criança deve ouvir e entender um “NÃO”: não mexer, não gritar, não se intrometer...

3 - O começo da educação é dentro de casa com os pais como educadores. O princípio de “CERTO / ERRADO” e “SIM / NÃO” deve ser ministrado pelos pais desde as primeiras palavras ditas ao filho.

4 - O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com o gozo do conforto da cama, internet, som, TV, etc.

5 - A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.

6 - Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar todos os dias dos anos de condenação em hospital de queimados.

7 - É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.

8 - Pais que acham que seus filhos não devem ser repreendidos por educadores os estão preparando para confrontação com as leis vigentes. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.

9 - A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. A mãe NÃO pode interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinqüente.

10 - Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. Em casa que tem comida, criança não morre de fome. Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.

11 - A criança em idade escolar deve ir À ESCOLA, mesmo que obrigada. E dentro das regras e horários; sem uso da malfadada tolerância de minutinhos. Tem que cumprir o que estabelece a escola.

12 - Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Respeitar, obedecer e não xingar pais e avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Passar no vestibular é obrigação.

13 - Se a mãe e/ou pai engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.

14 - Passar a mão na cabeça do filho aceitando seus erros só fará com que ele erre cada vez mais, até não haver mais limite. É quando a polícia e/ou outro transgressor o limita com um tiro.

15 - Videogames são um perigo! Os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem “vidas”, e sim uma única vida. Não dá para morrer e reviver. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.

16 - O erro mais freqüente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.

"A mãe que leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia."

“Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor.”

Por ALEIXENKO OITAVO, Primeiro Ministro do Reino de Gorobixaba

Corte de Gorobixaba
Enviado por Corte de Gorobixaba em 18/11/2011
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