Flashes
Fotografias ou ‘fotografeias’ como preferia minha avó que se cortava sempre que alguém conseguia, discretamente, captar sua imagem.
O resultado ficava com aspecto sul-real: os outros pousantes rindo para a maquina e aquele buraco sobre o corpo de alguém...
Pena que minha avozinha já se tenha ido há tanto tempo. Gostava dela aqui, agora, pra perguntar se realmente preferia a fotografia com aquele buraco do quê com o rosto dela...
Tenho saudades de algumas coisas que se vão.
Pessoas, férias ou reuniões... Os penteados... Ainda não sei se, feliz ou infelizmente, a gente passa pelas modas. Penso que o melhor seria aderir a um visual básico, afim de nos livrarmos dos sustos com a passagem do tempo dos álbuns de fotografias.Mas comecei a falar de fotos por causa dessa aqui, colada no mural. Trata-se da minha primeira exposição de pintura,na Casa de Cultura G.Rangel.
Março de 2004.
De lá pra cá descobri algo sobre possibilidades de produzir plasticamente com vários outros ingredientes...O tempo pareceu dobrar-se na extensão das horas e, meu trabalho, num infinito de cores; sutilezas estéticas e formas inusitadas.Seria, quem sabe, a resultante das vivências marcadas no corpo mais a leitura da alma...Uma história dentro da história da sociedade de um lugar,
parte da história de tantas outras...
Divarrah