Sabe-se que o toque é fundamental para estreitar laços afetivos entre a mãe e o bebê.
Estudos e mais estudos comprovaram a sua eficácia e desenvolveram técnicas de massagens a fim de que tal estímulo, mais do que natural, se consolidasse em bases científicas e confiáveis.
O natural perdeu a sua credibilidade.
Na medida em que o bebê cresce o toque diminui, chegando, em muitos casos, a desaparecer totalmente da relação mãe filho.
Na esteira da vida, este bebê torna-se um adulto, cada vez mais distante daquela que tanto o estimulou através do tato, enquanto criança. Eis que o bebê torna-se alguém envelhecido, pele enrugada, cabelo branco, aparência nem sempre saudável, nem sempre atraente...uma flor emurchecida, quase sem perfume.
E o toque desaparece, totalmente!
Quando mais necessita daquele toque que tanto recebeu na sua infância, mais lhe falta.
E eu me pergunto:
_ Não estariam aí as raízes da depressão, da psicose senil, das insônias e do mal de Alzheimer?
Quantas pesquisas foram feitas neste campo?
E volto a perguntar-me:
_ Não será a falta do toque carinho a etiologia dos distúrbios que acometem o ser humano?!
Vale a pena refletirmos, e refletirmos principalmente o quanto de carinho estamos dispensando aos que compartilham a vida conosco. Estamos sendo generosos (as) ou econômicos (as) ao tocarmos os nossos?
Toque! Não se intimide nem economize aquilo que poderá fazer alguém feliz, confiante na vida e no ser humano.
Economizemos sim, na amargura, no distanciamento, no descaso, na frieza, no desamor....
Esbanje o seu toque afetivo entre as crianças, jovens adultos e idosos , porque a energia que dispensarás a eles te retornará cada vez mais e bem mais sutil.
soninha