LOUCURA; O QUE É?

Para loucos aparentes, totalmente inofensivos por suas insciências e incipiências, devemos ficar alertas para recepcioná-los com a propriedade devida, ou seja, com as limitações do estilo, lembrando a frase célebre posta na porta de um manicômio, sic: “Muitos que estão fora deviam estar dentro e muitos que estão dentro podiam estar fora”.

Loucura, patologicamente, é a retirada da razão, do arbítrio da cognição entre o certo e o errado, ao menos minimamente.

Os loucos de todos os gêneros, estão inseridos na lei penal como isentos de pena, são irresponsáveis, não sabem o que exteriorizam em atos e manifestações, quaisquer sejam.

Assim não delinquem, nem por atos nem por manifestação do pensamento, são irresponsáveis, como trata o penalismo, inimputáveis.

Mas emitem opiniões sem nenhuma valia para a vida e a curricular ambiência social, quando aquelas não colidem com a ordem pública, demandando medida de segurança, ou seja, segregação ao invés de pena, já que seu convívio é insidioso.

Immanuel Kant, o gigantesco filósofo que pensou a liberdade, Deus e o homem de forma a mudar todo o curso do pensamento, ensinou com núcleo no conhecimento do ser humano dotado de liberdade e razão, que algumas indagações formam o eixo da conduta, “O QUE POSSO SABER?”, “COMO DEVO AGIR?”, “O QUE POSSO ESPERAR?”.

O louco nada sabe, sua ação é imprevisível, dele tudo se pode esperar, digamos que vive em total anomia.

Alguns vivem em um palco de protagonismos cabotinos como se loucos fossem, vivem realidades desconhecidas como se conhecessem, nada sabem, ensinam o que não sabem, agem de forma ficcional onde a luz inexiste.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 14/11/2011
Reeditado em 14/11/2011
Código do texto: T3335960
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