Do mundo e do social
Eu sou tão pouco pra ti; uma vela acessa no canto da sala. Enquanto as lágrimas apagam a luz, ouço vozes na rua: nada é como antes. Minhas virtudes parecem desaparecer conforme mudo meus hábitos, talvez, ainda não esteja concentrado o suficiente para ver a beleza multiforme.
Semana passada, os estudos deram lugar ao sexo, hoje me sinto culpado, porque o desejo que tenho de foder perturba minha cognição. É como se não pudesse fugir, da sensação de abandono, cada vez que nos despedimos, quero sempre mais, e mais, até consumir a última gota.
Essas leituras complexas, do mundo e do social, as patologias que estudo subverte meu espírito a ponto de tentar suicídio, mesmo sabendo que isso pouco acrescentaria aos que me detestam. Percebo que as flores estão morrendo aos poucos, que nada mais é como foi um dia.
Das experiências mais felizes, uma me assombra ainda, quando vejo o resultado (quase sempre o vejo ao inverso) das loucuras que não vivemos intensamente, dos colapsos, dos medos, tudo que ocultamos sob máscaras, adiante, se mostra a raiz de nossos males, e assim, avalio os desviantes, como pessoas que mudaram suas condutas, em face das circunstâncias, muitas vezes, insólitas.
O desencanto pela vida faz com que algumas pessoas se isolem do mundo, esses sujeitos subjugados vivem à margem de nossa sociedade, a estes seres, dedico um pouco de minha trajetória.