NUM VELÓRIO
MOR
Numa cidade do interior morre um rico homem daquela localidade, era muito abonado tinha muitos filhos e sua esposa.
Vestiram o morto com as suas melhores roupas, gravata importada, era um homem que gostava de muitos bolsos em suas roupas, de tudo que fazia sempre tinha um papel guardado no bolso ora da camisa, e ali das calças ele tinha o maior número de bolsos além daqueles do seu famoso paletó.
Muitos dos seus amigos ficavam pensando, para que tantos bolsos naquelas roupas.
Mas, no dia de velório um quando em torno daquela despedida, um caixão com coroas de flores velas acesas, de um homem importante, principalmente da região do interior, reúnem muitas pessoas e naquelas vinte e quatro horas, até o momento do enterro, além das rezas tudo é comentado entre as pessoas amigas do falecido, quer entre homens ou mulheres. Uns falam que era um homem muito bom e caridoso, ajudava os pobres, mas as mulheres sempre achavam outros predicativos daquela pessoa, como ele era um homem bonito charmoso, sempre andava bem trajado com as melhores roupas e algumas até cobiçavam ter encontros com o mesmo se não tivesse morrido.
Um de seus velhos amigos desde a infância comentava com seu compadre, uma coisa que nunca entendi deste meu amigo que hoje tem o seu último dia aqui neste velório, o porquê ele sempre usava roupas com tantos bolsos teria ele alguma magia, para este seu instinto ou seria só para aparecer diferente dos outros, e, ainda mais o que colocaria em todos os bolsos, logo o seu amigo interferiu e disse:
- Um dia falando com ele fiz lhe uma pergunta a ele sobre estes problemas que falaste agora e ele me disse:
- Nestes bolsos coloco todas as informações e tudo o que faço na vida e fica guardado num arquivo, para que minha família tenha conhecimento das minhas atividades, menos aquelas, que eles não devem ter conhecimento, seu amigo o interrompe:
- E quais seriam estas atividades que a família não deveria conhecer?
Que assim responde:
- Pois bem me deixa complete minha resposta, e ainda deixo uma recomendação a todos da família que nos meus bolsos deixem todos os pedidos junto ao meu corpo, quando sepultarem, que lá da eternidade ajudarei a todos.
- Com todos aqueles bolsos aonde teria guardado as demais informações que a família não chegou a conhecer?
São estas que ele leva para a eternidade e poucas pessoas devem ter conhecimento delas.
São José/SC 13 de novembro de 2.011.
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