Educação(?) e Tecnologia
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Para quem trabalha com o instrumento memória (lembranças), estou bem, pq. uma lembrança puxa a outra. Quando eu estava no meu primeiro ano de Psicologia, em 1998, vc costumava me enviar cartas (quer dizer, vc solicitava que a querida Maria das Graças às enviassem), que eram acompanhadas de artigos de jornais sempre com observações. Neste artigo em questão, falava-se das Escolas do Futuro, de inúmeros cursos de aperfeiçoamentos, introdução de novos conceitos e disciplinas que TINHAM QUE fazer parte do histórico escolar para se chegar ao Sucesso. Aí vc colocava uma observação: “... E SE O SUJEITO QUISER SER APENAS FELIZ?" (...)
18/07/2011 11:37
A um bom tempo, como de costume, venho procurando, dentro de meus modestos conhecimentos teóricos, refletir sobre Educação. Vejam acima um dos comentários a respeito de um texto meu, Educação e Paternidade. Nada preciso repetir, o comentário faz parte da abertura desta crônica. Esta semana me deparei com a notícia de uma “escola moderna” que vem fazendo grande investimento em tecnologia no sentido de manter os Pais informados a respeito do dia a dia do filho, na escola, através de um monitoramento eletrônico. Recomendo que os pais vejam a reportagem pela Internet, no Jornal Hoje da Rede Globo (04/11/011). Citando como exemplo, a conexão de um cartão que o aluno passa, ao entrar no portão, com o celular da Mãe que recebe em forma de mensagem: “ ...seu filho, fulano de tal, se encontra aqui na escola... E ainda câmeras espalhadas pelo prédio todo (exceto nos banheiros, o que pra mim não diminui a violência contra o indivíduo). Todo cheio de si o Diretor se arvora: “... dessa forma o Pai tudo sabe sem precisar vir à Escola...” Pais e alunos entrevistados apresentam opiniões vazias do tipo: “... acho positivo porque sei como meu dinheiro está sendo aplicado...” Ou ainda: “... fico tranqüilo por que assim sei que meu filho está salvo da violência...”. Normalmente os alunos em uma parcela considerável inovam: “... “Acho legal...”. Um Educador (Mestre e Doutor no assunto) se posiciona contra: “... nada substitui a presença do Pai na Escola...” Enfim, achei que tudo (inclusive as opiniões) parece estar falando de um presídio de segurança máxima. E a grande incoerência (isso ouvi muito de Pais na minha sala): “... Professor! Num sei por que meu filho detesta tanto vir para a Escola!!!”. Frequentemente se tem notícias (negativas) do uso indevido da Tecnologia nas Escolas. Outro dia ouvi uma que vinha do Japão, campeão da rigidez em disciplina, onde os portões eletrônicos fecham automaticamente conectados a um relógio. Despercebida a criança foi prensada, felizmente ficando apenas com pequenas fraturas... Acredito que uma Escola de qualidade (Ficção?) precisaria de uma tecnologia que transformasse a Escola num Santuário de Prazer e Liberdade onde o conhecimento fosse a recompensa. Precisaríamos sim, até ofertar outras atividades para que ele, por vontade própria, não ficasse tanto tempo na Escola. (oldack/05/11/011). Tel. 018 3362 1477. XXX