" O Primeiro Encontro. "

Bom, antes de falar do primeiro encontro, deixem que eu faça um breve relato sobre minha pessoa. Sou um cara legal, digamos, muito legal, ou melhor, legalíssimo. A garota que namorar comigo, pode-se dizer que ganhou na loteria, (sozinha), (acumulada), (aquela com um montão de dinheiro), que nem dez ladrões juntos conseguem carregar. Bem todo este corpinho, queimado no sol de quarenta graus de praia? Não. Nas margens do rio Paranapanema. Meus quase setenta quilos, olhos castanhos esverdeados, boca sensual, cabelos ondulados, pés um pouco grandes, só um pouquinho, 43/44 e um metro e setenta e nove. Depois de tudo isto, só faltava falar que sou filho de fazendeiro e tal, mas esta é a história de meu primo. Eu sou o primo pobre, que anda de busão, e trabalha igual um escravo, estuda à noite, além das baladas de final de semana. Sou fumante inveterado, e bebidas, péssimo bebedor, caio logo na segunda. Adoro dançar, e detesto futebol, gosto de andar sozinho. Mas tenho minha turma de amigos. Como estava carente, selecionei pelo menos duzentas moças que fariam meu coraçãozinho balançar. Depois fui eliminando, não sei porque, mas acho que eu já havia decidido, só estava fazendo uma escolha para ser democrático. Porém, necas de pitibiribaa, (insensível como uma pedra de gelo). Mas eu filho de uma boa terra, não se deixa vencer por um simples não. E todas as armas foram usadas, aí o grande triunfo, amigas, compradas com chocolate, doces, porque queriam também, que houvesse o encontro. Finalmente aconteceu. Menina, moça, mulher, corpo escultural, cabelos longos, olhos negros como a noite, lábios carnudos. Enfim, uma deusa,... mas deusa chata, para pegar na mão foi uma upa. Eu já havia praticado na frente do espelho horas a fio, era catedrático em beijo... ela não dava uma canjinha. Eu já tinha chupado uma bala de menta a hora era agora, ela de olho na tela, eu de olho nela, o braço ao redor de seu pescoço, forcei, ela resistiu, beijei o rosto, beijei de novo, ela disse um não e entendi que era um sim. Aí foi um choquinho, que virou cinematográfico, que virou namoro sério, que virou noivado, que virou casamento, que virou loucura, que não passa.

OripêMachado.

Oripê Machado
Enviado por Oripê Machado em 09/11/2011
Reeditado em 09/11/2011
Código do texto: T3325650
Classificação de conteúdo: seguro