Viagem a Salvador
Toda a viagem começa com um impulso, daqueles impulsos que nos tiram da cama a horas impróprias para consumo. Salvador acabou por ser meu primeiro destino como turista; depois de vários meses vinculado á cadeira de trabalho, decidi agora gozar a vida por míseros três dias. Parece pouco? É pouco, mas ao mesmo tempo, e vendo bem as coisas, é suficiente para radiografar todo uma cidade que está nas origens do Brasil. Amanha ao por do sol devo chegar ao meu destino, uma chuva torrencial me espera, pelo menos alguém estará á minha espera!!! Seria muito mau desembarcar e não ter um abraço forte e quente para me acolher. E como eu adoro abraços... aqueles abraços que de tão aconchegantes chegam a criar apego. Sempre achei os abraços mais intensos do que os beijos no rosto, a falar nisso, e em tempos de crise imagino como as pessoas estejam poupando em abraços, já em beijos acho que nem tanto, sobretudo os franceses. Se há algo que acho interessante neles, para além do seu mau feitio, é a forma como cumprimentam: dois beijos em cada bochecha. Já os russos beijam no canto da boca... nós portugueses, beijamos na boca, perdão... no rosto, sem sequer tocar com os lábios, parece um pega pega de bochechas. Coisa mais absurda diria Camões. Já eu me abstenho de qualquer aforismo inoportuno.
- Por que Salvador? Por que não?
Já em Salvador____________________________________Fim de linha. - Motivo? Falta de sintonia.