O negror veio de branco

Os círculos formados nos céus parecem conter todo o “negror da sua existência”! Carniceiro desde o nascimento devora pedaços de carne putrefatos. Mal visto por todos os ignorantes, que desconhecem ser ele, o detentor do prêmio: Ecovôo da ONG: Ecologia é aqui!

Dia destes, algo inusitado aconteceu nos jardins da Maria Antonieta. De repente, a sua empregada Rosicler é ameaçada, a fúria em pessoa corre e bica o seu calcanhar. Por sorte, o seu osso calcâneo é duro, e nem parece com o calcanhar, daquele tal de Aquiles.

“Socorro! Socorro! Cruzes! Alguém me ajude!”

Os gritos da moça percorreram o espaço. Logo, algumas pessoas vieram ver; o que acontecia!?

A brancura o associa a um espectro! Fantasmagórico! Um feio tão bonito!

Os dias passam por aqueles lados, sem penitência e horror! Mas, o negror veio de branco! Maria Antonieta desce as escadarias que a conduzem ao jardim, com algo mal cheiroso nas mãos. Cheiro de sangue embolado em carne mal cozida.

Sleeeeeeeep! Sleeeeeeeeeep! Tudo é devorado num passar de segundo...

“Rosicler estou ficando com medo! O negócio está saindo do nosso controle...”

“Patroa temos que fazer algo! Vou contar o fato para a Soninha. Ela vai nos ajudar!”

A noite levanta nos céus e o negror esbranquiçado acompanha Maria Antonieta.

Manhã, com cheiro de carne mal grelhada invade as narinas. O telefone toca!

Triiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmm!

“Alô! Soninha? Vou chamá-la... Patroa! Atenda a Soninha!”

“Soninha, tudo bem? Como?!”

“Maria Antonieta, você tem interesse de passar o pepino pra frente...”

“Tenho! Mas... não é pepino, não!”

“Sei! Bem! Olha o Pacheco vai amanhã à sua casa para buscá-lo. Ele faz coleção de coisas inusitadas!”

Lágrimas escorrem pelo rosto da empregada e da patroa. O fim está chegando aos finalmente!

Sexta-feira, 13 de Agosto, o Pacheco chega e vai até o jardim. Maria Antonieta, o acompanha com lágrimas nos olhos. Rosicler fica na sala em prantos. Choro e ranger de dentes!?

O homem acaricia o negror esbranquiçado com carinho e o carrega no colo com cuidado e afeição. Seu rosto se alegra. Nisto, Soninha vai chegando, e, logo dizendo.

“Pára com essa choradeira Maria Antonieta, e, passe o corvo pra frente...!”