A FÉ JAZ INATIVA

Quantas vezes não teci comentários a respeito da seguinte afirmativa: ___”Sou católico, mas não praticante”!

Desaprovava de pronto tamanha heresia....!. Em se posicionando com a orientação religiosa presumia inconcebível a incompatibilidade entre a causa e o efeito. Não conseguia me enxergar fazendo a mesma coisa!!

Para tanto quando questionado fazia minha retaguarda:___”Estou estagiando no espiritismo”! Tudo prá me livrar conscientemente da “minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa”!! Admitir implicava responsabilidades, compromissos, pois muito daquilo que havia sido me concedido, haveria de me ser cobrado, e as evidências de meu conhecimento teórico não davam margens às dúvidas quanto ao avanço conseguido com a esclarecedora doutrina espírita.

Em contrapartida refletia que independente de quaisquer “cores religiosas”, a caridade expressada involuntariamente seria a somatória de todas estas nuances. Fica claro, no entanto, que a definitiva postura quanto a intitular-se desta ou daquela agremiação doutrinária necessita indubitavelmente do sentimento despertado interiormente da Fé, não segredado mais, mas vivenciado, facilitando através de constantes exercícios seu fortalecimento inabalável.

......____”Vamos passear no bosque enquanto tua Fé não vem!!

___Começaste tua obra?

___Não!

Então vamos passear no bosque enquanto tua Fé não vem!

___Começaste tua obra?

___Não!

Mesmo os mais céticos e radicais materialistas dever acreditar em algo transcendente e isto talvez os motive às realizações fora do âmbito pessoal. A incipiente fé em estado latente deu mostras de um sopro de vida e se nem tudo está perdido prá estes, o que imaginar de nós que nos qualificamos como discípulos de Jesus!?

Deus permita que o impulso da indiferença não nos traia nos momentos mais importantes de uma atuação necessária e providencial, fazendo com que amarguemos com o passar do tempo com a agonia de nossa Fé, sucumbindo em estado terminal vitimada por aquele nefasto sentimento a sofrer uma eutanásia espiritual, anulando-a definitivamente.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 07/11/2011
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