E “aquela”... Sherazade?

E “aquela”... Sherazade?

Você conhece a velhíssima lenda sobre a princesa Sherazade? Conta-se mais ou menos assim: havia um Sultão, lá na cultura persa, que considerava todas as mulheres traiçoeiras e vingativas.Por isso, se casava e, após a noite de núpcias, ele se despedia da esposa e as degolava. Até que um dia ele desposou a Princesa Sherazade. Essa menina, sabendo o que a esperava, enrolou o tal Sultão por mil e uma noites com estórias e mais estórias.

Agora, recentemente, chega às livrarias a tradução feita pelo ilustríssimo Ferreira Gullar. Numa entrevista, falando sobre seu trabalho, ele conta: "Amenizei o tom de certas passagens, mas mantive o espírito básico de tudo, principalmente os ensinamentos que as narrativas querem passar para os leitores".

Sabe o que ele amenizou gente? É que as estórias de Sherazade tinham como enredo batalhas violentíssimas e muito erotismo! Porque será que nosso poeta resolveu “amenizar” esse dado tão importante; eu diria definitivo para o destino de Sherazade? E cogito: se ela contou mil e uma estórias, podia muito bem ter escondido “aquela”...

Inté,

Divarrah