"VELHAS IDÉIAS NOVAS" Crônica de: Flávio Cavalcante

VELHAS IDÉIAS NOVAS

Crônica de:

Flávio Cavalcante

Retratamos aqui o amadurecimento do homem e seu meio ambiente. Os pensamentos de um passado que no presente momento restou só uma lembrança de um belo aproveitamento e crescimento pessoal e espiritual.

As velhas idéias foram transformadas e lapidadas em novos conhecimentos. O que se pensou em outrora, hoje, se carrega uma bagagem e uma responsabilidade montanhosa. Em tempos de outrora as idéias velhas eram praticadas sem responsabilidade por falta de conhecimento do que é certo e errado. Hoje, sendo elas velhas, mas amadurecidas, temos este conhecimento e por isso seremos condenados ou absolvidos.

É uma realidade que não paramos pra pensar e agimos de forma muito natural quando se trata dessa responsabilidade.

Um certo homem vivia em seu meio de forma rústica e sem educação nenhuma. Carregava um histórico de uma família também no mesmo nível que ele. Estava longe da civilização e levava com naturalidade tudo que ele fazia; pois via aquilo como a sua única forma de sobrevivência. Não conhecia nada de evolução e vivia de matar seus semelhantes para ganhar dinheiro. A época que ele dizia que era de vacas gordas era no tempo de eleição; pois ele recebia muitas encomendas e praticava aquele ato cruel com a maior naturalidade e frieza. Isso levou anos e anos vivendo dessa forma. O brutamontes era tão inocente quando se tratava de sua profissão que cada uma tarefa cumprida era como se ele tivesse ganhado o maior troféu de sua vida. E fazia questão de espalhar pelos quatro cantos a sua façanha e a sensação de dever cumprido.

O lugar era tão atrasado que as notícias não conseguiam vazar. Era um fim de mundo e o homem nem imaginava que tudo que ele fazia era motivo de apodrecer atrás das grades.

Será que se este homem conhecesse o que é certo e errado ele teria essa profissão? Com relação á espiritualidade. Qual seria a pena desse homem sabendo-se que tudo que ele faz age como um animal irracional?

Na minha opinião, não há culpa num caso assim e acho que para a espiritualidade, a pena é bem maior para aquele que é esclarecido e nesse caso, basta apenas uma palavra saída da nossa boca para a nossa responsabilidade aumentar ainda mais; pois, temos a consciência de que estamos praticando o errado.

Essas velhas idéias são apagadas desde a hora que elas passam a ser novas em maturidade e conhecimento e é a partir desse momento que somos responsáveis pelas nossas conquistas.

Flávio Cavalcante

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 06/11/2011
Código do texto: T3319738
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