Quão melhor é o amor de uma mulher
O que se tem numa mulher, não se procura numa mulher, não é o que se pensa de uma mulher. O que se recebe de uma mulher, é o que de fato é de uma mulher, a sinceridade.
Se nos oferece amor, lhe impomos domínio; se nos demonstra carinho, lhe dispensamos vaidade; se nos vem com apego, lhe tratamos com desdém e assim por diante.
Se temos a mulher e seu amor, não nos basta; queremos tudo. E a que tudo nos referimos...?! A mulher e seu amor, não são tudo...?! Seu amor já não é tudo...?! Se não nos damos, como queremos tê-la...?! Se não nos doamos, como podemos recebê-la...? Por isso nós a tomamos; pra isso nós a queremos. Queremo-la como objeto, como escrava e até como mãe... menos como mulher. Queremos o seu mundo, o seu “eu”, a sua vida; e esta, em nosso poder já não terá o mesmo valor.
O nosso egoísmo nato, às vezes doentio, exacerba ao extremo e acaba por minar uma relação comprometida com o seu amor. É lamentável, mas em pleno século XXI, ainda precisamos de uma lei que a proteja das garras afiadas e covardes de seus algozes travestidos de maridos. E isso meus caros, essa coisa, essa imundície, essa aberração toda que a justiça não bate com a mesma mão pesada que bate na mãe que rouba o leite para o seu filhinho com fome, é chamada homem. Esse traste, somos nós.
Idiotas, é o que somos. Ela não nos quer como objeto, quer-nos como homem e companheiro; e justamente por isso muitas vezes não nos tem. Se muitas vezes não nos tem é porque por muitas vezes não o somos.
Ser homem é acima de tudo, amar uma mulher e se deixar amar. Doar-se por inteiro, e submisso até, se por amor.
Se não a temos, imploramo-la; se a temos, desprezamo-la e nos esquecemos que não vivemos sem ela.
Como é bom amar uma mulher!
Quão melhor é o amor de uma mulher!