Um até breve...

     Você, leitor, vai dar graças a Deus, e quer saber por quê? Veja: não voltarei ao meu site durante aproximadamente 10 ou 15 dias. Abaixo saiba o porquê dessa ausência.

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     Oh! Quanta coisa eu tinha pra lhes contar, meu caro amigo, minha dileta amiga!
     Tenho rascunhadas algumas crônicas. Nenhuma, porém, em sua redação final, ou seja, pronta para alçar voo; pra ganhar o mundo...
     Há crônicas que são escritas em questão de segundo. Outras, entretanto, levam dias e dias para alcançarem a redação ideal.
     Dependem de uma demorada e minuciosa pesquisa e de inúmeras e indispensáveis consultas aos dicionários e às gramáticas.
     Conclusão: o assunto a ser abordado determina, sem dúvida, o tempo que se precisa para escrever uma crônica.

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     Disse que havia rascunhado algumas crônicas. Sim, e a maioria muito interessante.
     Tanto que, se desse prioridade a esta ou a aquela, na hora de publicá-las, estaria cometendo uma injustiça.
     Para ser justo, teria que recorrer ao sorteio, para que uma não ficasse com ciúme da outra.
     Tudo porque, como sempre digo, minhas crônicas - boas ou ruins - são filhas queridas da imaginação vetusta e cansada deste que, aqui e agora, lhe dá, leitor amigo, um até breve...

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     Mas preciso enxergar mais e melhor!
     Normalizar a chamada acuidade visual.Vivo debruçado sobre livros. Por isso, devo ter meus olhos em perfeito estado. Sem eles, que seria de mim?

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     Pois é. Vai o meu jovem e competente oftalmologista (prefiro chamá-lo de oculista) mexer com o cristalino do meu olho direito.
     Como aconteceu com o do olho esquerdo, ele apresenta uma "opacidade" parcial determinada pela idade; ele envelheceu comigo!
     Em outras palavras: ele também foi atingido pela catarata.
     Tenho um miserável costume de ler tudo sobre as doenças que me perseguem.
     Fiquei, então, sabendo que a catarata não é uma doença nova. É uma doença milenar e há séculos a cirurgia é feita.
     Já imaginaram como eram corrigidos os problemas por ela causados no tempo da pedra lascada? Nem pensar.
     Hoje, a medicina moderna permite que o cidadão, operado de catarata, deixe a sala de cirurgia com uma lente nova implantada, e, consequentemente, enxergando o que deve e o que não deve. 
     Isto de certa forma me tranquiliza.

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     Mas meu amigo, minha amiga, uma cirurgia sempre me apavora! Até a mais simples dela, como, por exemplo, arrancar um dente. Simples, heim?
     Se pudesse, jamais frequentaria os tais Centros Cirúrgicos, onde tenho a infeliz oportunidade de pôr à mostra toda minha covardia... Fazer  o quê?
     Embora saiba que esses Centros são locais, talvez os únicos, capazes de nos devolver a saúde plena. 
     Mas acreditem: só o "passeio" numa maca por seus corredores me constrangem, amarguram-me; sinceramente.

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     Parto, pois, para a cirurgia porque não existe um colírio que renove meu cristalino encanecido.
     Preciso enxergar bem pra ler e escrever melhor. Afinal, não sou um cego Aderaldo ou um Patativa do Assaré, poetas conterrâneos, que, mesmo cegos, cantaram a vida... 

     
     
Felipe Jucá
Enviado por Felipe Jucá em 05/11/2011
Reeditado em 08/11/2011
Código do texto: T3318985