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Vegetarianismo: uma opção consciente.


Hoje eu almoçava uma deliciosa macarronada com molho a bolhonesa feito com proteína texturizada de soja mais repolho refogado, e me perguntava por que nós seres humanos precisamos nos alimentar da carne dos animais?

 
 
Eu já fui carnívora, sim. Os meus pais nos criaram comendo carnes , peixes, verduras, pães, grãos etc e cresci com este hábito durante muito tempo. Em uma determinada época da minha vida , por questões de saúde, o médico pediu que eu reduzisse o consumo de carne vermelha, decidi deixá-la por dois anos.Na época eu apresentava sangramento intestinal por conta de crises de ressecamento (obstipação). Fique curada e voltei a comê-la. 
 
 
Antes eu já havia experimentado a macrobiótica por influência de pessoas conhecidas.Naquela ocasião estava na "moda", nem se pensava na saúde nem nos animais, e eu me sentia muito, bem sem a carne.Como toda moda vem e passa, a da macrobiótica também passou , deixei pra lá e voltei à dietaarrow-10x10.png carnívora. 
 
 
Há algum tempo eu assistia uma reportagem sobre as péssimas condições do transporte de gado e, em determinado momento os meus olhos cruzaram com os daqueles seres dentro daquelas carrocerias imundas, provavelmente mal cheirosas, com fome, calor e sede, senti um forte sentimento de piedade por eles,sofrendo nas mãos de quem se diz racional e criado à semelhança de Deus, e foi então que de maneira consciente decidi a nunca mais alimentar-me com qualquer espécie animal .
 
 
Hoje, consciente de que os animais sofrem da mesma maneira que eu mesma sofro, não sou capaz de saciar a minha fome às suas custas, até porque sei que muitos outros alimentos são capazes de suprir as minhas carências nutricionais. 
 
 
Não precisei me despir em ruas e avenidas nem empunhar cartazes em prol da vida destes meus irmãos menores, apenas despertei através da minh'alma, ela sentiu a presença da centelha que anima aqueles seres ser oriunda da mesma fonte que criou a que me anima.
 
 
Entendi que não vim nem estou no mundo para consumir os animais e sim para respeitá-los e protegê-los, na medida do possível.
 
 
Não sou fanática nem condeno quem ainda carece de alimentar-se com os despojos carnais dos animais, nem os critico, mas sou consciente de que, nunca mais, serei capaz de consumir quem merece e precisa viver tanto quanto eu, por também se encontrar em processo de evolução.
 
 
Não quero arrebanhar seguidores nem convencer quem quer que seja, até mesmo porque não faço isto nem mesmo com a minha família, cada qual come o que quer e gosta. Até porque decisões e escolhas são de cunho estritamente pessoal.
 
A  falta do alimento de origem animal não me causa dano algum e posso viver e muito bem, sem ele.
 
Para ilustrar as minhas palavras, cito aquela passagem evangélica quando Jesus foi interpelado sobre os seus discípulos não lavarem as mãos antes de se alimentarem e ele, o Mestre por excelência, respondeu ao fariseu que era preciso ,antes, limpar o interior do vaso, manter a pureza da alma, que é mais importante do que o simples ato exterior de lavar as mãos.
 
O fato de tornar-me vegetariana não me fez melhor nem mais pura do que os que ainda não o são e que talvez não se tornem,nunca.O que determinará, aos olhos de Deus, o meu valor não é o que eu consumo ou deixo de consumir, e sim o que eu penso e faço com relação a mim mesma, ao meio ambiente e, principalmente ao meu próximo.
 
soninha.


 
Sônia Maria Cidreira de Farias
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 05/11/2011
Reeditado em 18/05/2015
Código do texto: T3318131
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