ainda vão todos voltar, e vão voltar todos juntos

Quando eu era pequeno, acreditava em muitas coisas. Coisas fictícias demais até para a mente de uma criança. Papai Noel, Coelhinho da páscoa e compania sempre foram alvo de piadas e descrença exagerada por minha parte. Falo de situações, de oportunidades, falo de esperança.

Eu acreditava que quanto mais você se esforçasse, estudasse e desse sempre o melhor de si em qualquer aspecto, a vida sorriria para você. Simples assim. Mas sabemos que as coisas não são simples.

Me imaginava num mundo de oportunidades, onde eu poderia ser quem eu bem entendesse. Desde uma estrela do rock ao cargo de presidência do país. Mas eles mentiram quando me fizeram acreditar que seria desse jeito.

Cresci pensando que morava num paraíso habitacional. O Brasil, sendo um país tão grande, cheio de pessoas dispostas e vantagens ambientais, climáticas e territoriais. Quando agora, descubro que milhões de pessoas ainda passam fome. Fome.

Não vou cair na falácia de culpar a corrupção. Já que isso é culpa do povo, e eu, como também você, somos esse povo de que tanto se fala.

Insisto apenas em manter uma crença que eu trago comigo desde que eu consigo me lembrar. O mundo pode ser injusto, posso não conseguir tudo o que quero ou nunca ter a chance de ler nos jornais que a fome já não existe mais. Indo contra a reação esperada de amaldiçoar a vida e tudo mais, eu agradeço. Acredito que a felicidade, e pelo menos isso, depende exclusivamente de como eu decido encarar minha vida. E a encaro da melhor maneira possível, colocando na frente de todos os problemas e preocupações uma coisinha chamada fé. Não numa religião ou num time de futebol. Fé nos meus ideais que pregam basicamente a mesma coisa : seja feliz.

Willian Sousa
Enviado por Willian Sousa em 03/11/2011
Código do texto: T3315620
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