ELAS ESTAVAM DENTRO DA MALA.
Somente hoje me dei conta que, não havia tirado da mala umas bijuterias que comprei em uma loja, dentro do hotel Venetian em Las Vegas.
Havíamos acabado de almoçar, minha filha, meu genro, meu marido e eu, em um restaurante italiano, com linda mobília de época, e comida deliciosa, dentro do belo resort, Venetian.
Resolvemos caminhar olhando as lojas e as gôndolas que passam dentro do canal, conduzindo casais, que passeiam ouvindo os gondoleiros, a cantar belas canções italianas.
Passando em frente a um loja de bijuterias, minha filha logo enxergou o anúncio: 70% off.
Entramos, e nem sabíamos, eu e ela, por onde começar a olhar: pulseiras, brincos, colares, pingentes, broches, gargantilhas, anéis. Muita coisa bonita, de muito bom gosto, e o preço era de fazer concorrência a rua 25 de março aqui em São Paulo. Com uma diferença, os artigos tinham muito mais qualidade.
Depois de quase uma hora escolhendo, fomos pagar. Minha filha escolheu oito peças, e eu, seis.
No caixa, a senhora colocou cada objeto dentro de lindo pacotinho de presente. Atendimento nota dez.
Ao final das compras a conta deu uma bagatela.
Mas, só hoje, percebi que não havia retirado os pequenos envelopes da mala.
Depressa fui ao armário em que guardo as malas de viagem, abri as quatro, mas, aparentemente, estavam vazias.
Procurei com cuidado dentro dos compartimentos com zíper, e encontrei os pacotinhos.
Junto, achei também, dois tabletes de chocolate da Godiva, os quais nem me lembrava, tivessem sobrevivido a minha gula.
Fui procurar as bijuterias e ainda achei guloseimas.
Assim é bom, mas ja tive malas que não chegaram em um voo da extinta varig.
O voo vinha de Nova Iorque, com destino à São Paulo.
Que frustração foi chegar de viagem, com as malas repletas de presentes, e compras. Ficar esperando na esteira, ver as malas de todo mundo chegar, menos as minhas.
Somente, depois de quatro longos dias, e muitos telefonemas para a companhia aérea, foi que parou na minha casa um carro da varig, trazendo minhas preciosas bagagens.
Teve outra vez que uma mala apenas, se extraviou, em um voo de Madri para Paris.
Mas, essa não teve jeito, não foi encontrada, a companhia aérea, me indenizou pela perda.
Mas independente de todo e qualquer transtorno viajar sempre é muito bom.
Aprendemos a ver o mundo de maneira mais abrangente, e passamos a avaliar melhor o que temos de bom, ou de ruim, no lugar que vivemos.
As bijuterias são lindas. Hoje, já estreei um brinco e uma corrente com pingente, para ir almoçar.
Quem vê, não faz ideia do precinho que paguei.
(Foto tirada no Hotel Venitian, em Las Vegas)