Até onde?
Até onde conhecemos as pessoas? Até onde nos conhecemos? O ser humano é dotado de inteligência, ousadia, vontades... E nessa vontade de ter o que não se tem, o torna capaz de fazer coisas que até mesmo duvida!
Mascaras? Até quando alguém pode ser quem não é? Hoje li uma frase que me fez meditar, dizem que “as mulheres se apaixonam pelo que ouvem e os homens pelo que veem, é por isso que as mulheres se maquiam e os homens mentem!” Penso se é necessário mesmo ser o que não somos, ou falar o que não sentimos só para conjugar o verbo ter?
E na fronteira entre o ter e o ser, talvez a maior dificuldade não seja outrar- se (ser outra pessoa), mas ser autêntico, único e verdadeiro num mundo de mentiras, fingimentos e conquistas terceirizadas.
É suficiente ser quem você é, é necessário conseguir com esforços próprios, maquiagens e palavras ou saem com água ou se esvaíram com o tempo. O que realmente somos se despe peça por peça, e se revela na sua totalidade.
Valorizar o eu, coberto de defeitos, humano e falho é algo hoje que parece ser pecado. Vimemos no mundo das mulheres perfeitas, dos homens moldados aos olhos da sociedade, coitado daquele que se colocar á margem dos padrões sociais, de não ter o cabelo ou a roupa da moda ou de não ter amigos importantes.
Mas quer saber? O importante mesmo é ser você! Gente, vamos ser autênticos! Deixem que gostem de você pelo que você é. Vamos fazer ou usar o que queremos, falar o que pensamos! Se olhar no espelho e se reconhecer, ter nome, identidade, endereço, complexidade! Sim, pois é de todos os complexos humanos que nos diferenciamos. Não somos molduras, não somos perfeições, somos quem podemos ser e podemos ser tudo se realmente nos valorizarmos.
Deste modo creio que as vezes nem sequer me conheço, quando colocados a prova, na fornalha, temos atitudes que nos desconhecemos, mas é no fogo que o diamante se transparece. Não sejamos momentâneos, sejamos eternos, imagem e semelhança de Deus. Sejamos nós!
Finalizo refletindo eu mesma. Ser único, multifacetado, plural e social. Até onde eu sou eu? Até onde eu sou o que quero ter? Até onde eu sou o que quero ser? Até onde vale a pena? Ate onde?