Apenas Mãe

Você sofre da “Síndrome da Mãe Perfeita”?

Lí o título e não pude deixar de ler o artigo e também comentar:" (...)acredito ser demasiadamente imperfeita porque vivo questionando se estou certa ou errada quanto aos tantos Nãos que uso com eles por aqui! Prefiro ser assim que ser uma mãe suficientemente boa(ou good-enough mother como a chama Winnicott). Vejo que é somente no dia a dia que cada mãe deve saber reconhecer os próprios defeitos e ver se eles estão influenciando e como no comportamento dos próprios filhos.Não é fácil para uma mãe reconhecer que está exagerando na idealização do ser do(a) próprio(a) filho(a).Nesse caso é importante um olhar externo a essa relação que acaba por se tornar uma forma por vezes prejudicial ao desenvolvimento da criança".

A literatura é cheia de regras,exemplos e modos de como educar melhor nossas crianças,mas é a vida cotidiana de cada um a demonstrar se o que se lê nos livros, revistas pode ser aplicado ou não na própria realidade. Errando se aprende?Uma mãe que se reconhece Humana e assume sua condição materna como forma de crescimento e transformação física e sobretudo,mental,pode fazer e fará dos próprios erros alertas e diretrizes para o futuro,enriquecendo muito mais sua relação com os filhos.

Um neonato,obviamente requer toda atenção e cuidados maternos e isso é natural e comum não somente na raça humana,mas em tantos outros animais.O problema é que,ao contrário de outros animais,o bicho homem custa a reconhecer e dar liberdade de crescimento a própria cria!

Compreender o processo de crescimento e desenvolvimento da criança sem sufocá-la nos nossos anseios e exigências mal satisfeitas é a chave de uma vida feliz para nós mães e nossos filhos.

Lembro de minha mãe que dava 1 Real para eu e meu irmão comprarmos bombons na bodega do vizinho.Ele guardava e juntava até completar o suficiente pra comprar um carrinho de plástico pra sua coleção.Eu,gastadeira, enchia o bolso de pirulitos e chorava quando o meu dinheiro acabava,pedindo o dele que aumentava. Minha mãe esperava que eu parasse de chorar(e isso durava muito tempo)pra depois dizer somente-' você teve o que quis e ele vai ter o que quer também'. Vejo este como o exemplo de educação sem privilégio ou distinção para uma mãe como eu que (por ironia do destino com dois filhos também),procura dar liberdade com responsabilidade desde cedo à criança.

Parece fácil,mas ao contrário, é um exercício diário que tento fazer com eles,comigo, buscando não exigir demais,nem tão pouco dar além das possibilidades,aceitando-os e principalmente amando-os assim como são porque o mundo é duro e cheio de desafios a serem enfrentados,mas quando temos alguém que nos aceita e nos ama tal como somos pode se tornar um lugar muito especial pra se viver!

Bergilde
Enviado por Bergilde em 01/11/2011
Código do texto: T3311119
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