NÃO SER....
Não ser o que se pretende ser, ou se pretender ter sido, não deve ser motivo de linchamento pessoal de si mesmo..
Perseguir o que não se é sem ser, leva ao ridículo que fica exposto com todas as letras, sob a tela de inúmeros símbolos menores....e eles são muitos, saltam aos olhos de quem vê, e nubla os iguais no ridículo de quem não vê....e soma a procissão da invisibilidade....
Somos o destino protagonizado do que somos e nada mais seremos do que somos, somente a ridícula pretensão...séquito do inatingível.
A seriedade em ser conhece seus limites, não precisa de freios, sua fronteira é a origem, seu caminho a protagonização de ser o que é, foi, e será sempre, nos lindes que não extravasam no mundo das possibilidade a razão de estar no planeta em matéria e pensamento.
Quem cuida para ser o que é, e vê os que não são, olha com misericórdia essa fragilidade visível para si, eloquentemente invisível na pretensão de quem não é...
A vida, sinuosa e áspera de certezas, dá a todos discernimento para distinguir....
Nesse espaço compreende-se o ser, o não ser e a pretensão em ser...
É a vida como se apresenta para ser vivida, cada um leva dela para outros planos a riqueza e a pobreza em ser, em não ser, em ter sido e pretender ser....