NÃO SER....

Não ser o que se pretende ser, ou se pretender ter sido, não deve ser motivo de linchamento pessoal de si mesmo..

Perseguir o que não se é sem ser, leva ao ridículo que fica exposto com todas as letras, sob a tela de inúmeros símbolos menores....e eles são muitos, saltam aos olhos de quem vê, e nubla os iguais no ridículo de quem não vê....e soma a procissão da invisibilidade....

Somos o destino protagonizado do que somos e nada mais seremos do que somos, somente a ridícula pretensão...séquito do inatingível.

A seriedade em ser conhece seus limites, não precisa de freios, sua fronteira é a origem, seu caminho a protagonização de ser o que é, foi, e será sempre, nos lindes que não extravasam no mundo das possibilidade a razão de estar no planeta em matéria e pensamento.

Quem cuida para ser o que é, e vê os que não são, olha com misericórdia essa fragilidade visível para si, eloquentemente invisível na pretensão de quem não é...

A vida, sinuosa e áspera de certezas, dá a todos discernimento para distinguir....

Nesse espaço compreende-se o ser, o não ser e a pretensão em ser...

É a vida como se apresenta para ser vivida, cada um leva dela para outros planos a riqueza e a pobreza em ser, em não ser, em ter sido e pretender ser....

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 31/10/2011
Reeditado em 31/10/2011
Código do texto: T3308510
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